Vida de dirigente não é fácil. Sua rotina inclui reuniões, negociações e decisões que envolvem a paixão e a alegria de milhões de pessoas. Quando o time vai mal, ele vira alvo de críticas, tanto da torcida quanto da imprensa. Afinal, sua posição também é visada, assim como a de técnico e jogadores. O São Paulo Futebol Clube, numa condição confortável, porém, sempre teve o privilégio de contar com homens que enxergavam além dos limites. Cabeças à frente de seu tempo, como Laudo Natel, Manoel Raymundo Paes de Almeida, Paulo Machado de Carvalho e Henri Aidar, entre tantos outros ilustres, muito ensinaram sobre o assunto. Aliás, graças à visão de personalidades como essas, o Tricolor cresceu em todos os aspectos de sua vocação esportiva, construindo grandeza ímpar e tornando-se referência mundial.

Num ambiente democrático, a tradição das boas administrações são-paulinas tem sido mantida. E, hoje, levando em consideração uma conjuntura que não permite extravagância, o clube desdobra-se para constituir elencos competitivos. Desde 2003 na Diretoria de Futebol, uma das mais vitais a qualquer agremiação, Juvenal Juvêncio tem realizado transações que mereceram destaque na crônica esportiva. Logo na chegada, reformulou o elenco com poucos recursos. Apenas Rogério Ceni permaneceu. “Não conheço, e é bom que se diga, precedente histórico de um time que tenha se renovado totalmente em dois anos. Não existe”, afirma Juvêncio, que ocupou o posto pela primeira vez entre 1984 e 1988, quando o São Paulo foi bicampeão paulista (1985/1987) e brasileiro (1986).