O torcedor que não acompanhou o duelo entre Atlético-MG e São
Paulo na noite desta quarta-feira (29), no Morumbi, pode achar pelo
placar (3 x 1) que o Tricolor foi facilmente envolvido. No entanto,
de igual para igual com o líder do Campeonato Brasileiro e com boas
oportunidades para marcar, o time paulista não merecia ser
derrotado da forma que foi. Com bola na trave e grandes defesas de
Victor, a equipe visitante teve oportunidade para marcar mais gols
e, quem sabe, vencer a partida.
“Inexplicável esse 3 a 1. O jogo foi muito parelho, poderia ter
sido 3 a 3, 4 a 4, 5 a 5. Foi um dos melhores jogos do campeonato,
mas sem lógica. O gramado é excelente, o Atlético está de parabéns,
e a arbitragem também muito boa, discreta. O futebol tem algumas
surpresas. Foi um belíssimo jogo, um dos melhores do Brasileiro. Um
jogo muito aberto. Esse time do Atlético está de parabéns pela
vitória, com quase 50 mil pessoas no estádio”, avaliou o capitão
Rogério Ceni, que completou.
“Mas o placar não reflete o que foi o jogo. Foge do contexto.
Podemos analisar pelo que foi jogado e pelo placar. São duas
análises bem distintas, aliás. No primeiro gol, fiz a defesa, a
bola bate na cabeça do Lucas Pratto e entrou. No segundo, uma boa
jogada de linha de fundo. No terceiro, um erro nosso, ele chutou
até errado a bola, mas a bola entrou no cantinho”, acrescentou.
De acordo com o M1TO, que foi menos exigido que o arqueiro
adversário, os donos da casa souberam aproveitar melhor as chances
para matar o jogo e, assim, levar os três pontos. “Não tivemos a
mesma felicidade de finalizar. Não é culpa de alguém, é o
imponderável. O jogo foi muito parelho, mas eles foram mais
eficientes na finalização”, opinou.
Apesar de sair de campo derrotado, o goleiro fez questão de
enaltecer a postura aguerrida e ofensiva do time são-paulino, que
em nenhum momento aceitou o revés e batalhou para conquistar um
resultado positivo. “Tivemos qualidade para encarar o Atlético de
igual para igual. E se fizemos isso no Mineirão, contra o líder,
podemos fazer contra qualquer outro time. Eles tiveram mais
triangulação, mas nós colocamos bola na trave e exigimos mais do
goleiro deles”, finalizou Rogério.