Calendário 20/01/2008 - 00:00

         Não foi nada fácil, mas o São Paulo foi guerreiro e, na base da raça, conquistou a sua segunda vitória no Campeonato Paulista de 2008. Com um gol de Souza, aos 43min do segundo tempo, a equipe comandada por Muricy Ramalho venceu o Rio Preto, um dos caçulas da competição, por 1 a 0, em partida realizada no estádio do Morumbi. Um público de 14 mil pessoas acompanhou a estréia do Imperador Adriano dentro de sua casa.


         Assim como aconteceu na estréia, o time teve desempenhos distintos nos dois tempos. Na etapa inicial, com a formação tática que terminou a partida contra o Guaratinguetá, mas sem Aloísio, vetado momentos antes da partida por sentir dores no púbis. Quem ganhou uma oportunidade foi Borges, que fez dupla com Adriano. Dagoberto atuou como o meia de ligação.


         Logo, as chances começaram a aparecer. Na melhor delas, Adriano, de cabeça, acertou a trave direita de Pitarelli. Mas os problemas apresentados no meio-campo na estréia voltaram a se repetir. Muitas vezes, o time ficou embolado e não conseguiu fazer o jogo fluir. Na base da conversa, Muricy Ramalho tentou consertar o time, mas não conseguiu.


         Foi aí então que apareceu o dedo do comandante são-paulino. Ele modificou o esquema tático, passando do 3-5-2 para o 4-4-2, com as entradas de Júnior e Souza nas vagas de Alex e Dagoberto. O time se encontrou em campo. Com dois laterais, dois volantes e principalmente, dois meias para criar, o time sufocou o rival, que se encolheu e, a todo custo, tentava evitar o pior.


         As chances de gol voltaram a aparecer. Uma atrás da outra. Hernanes e Fábio Santos, em chutes rasteiros, quase marcaram. Souza, em belíssima jogada individual, quase fez um gol de placa. Aos 24min, Miranda, de cabeça, acertou o travessão adversário. O gol parecia questão de tempo. Mas ele insistia em não sair.


         Com o passar do tempo, o Tricolor adiantou o seu meio-campo e foi para o tudo ou nada. E o Rio Preto, em dois contra-ataques só não abriu o placar porque Rogério Ceni, brilhante, fez duas grandes defesas. A torcida empurrava e o time, dentro de campo, lutava. Corria, dava carrinho. Até que, aos 43min, acabou o sufoco. Borges recebeu passe de Adriano, invadiu a área, driblou o goleiro e, na hora do chute foi desarmado. No rebote, Souza, com raiva, fuzilou Pitarelli e saiu para o abraço. Vitória de um time que, aos poucos, vai se ajustando.

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