O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol, Naief Saad Neto, indeferiu ontem o pedido de efeito suspensivo do São Paulo e manteve o gancho de 60 dias ao técnico Emerson Leão por críticas ao juiz Sálvio Spínola Fagundes Filho após o empate de 2 a 2 contra o União Barbarense.
“Só concedo efeito suspensivo em caso de erro irreparável. Só que essa situação não foi o caso”, disse Naief Saad Neto.
Com a manutenção da punição, o treinador são-paulino vai ficar de fora de dois clássicos. O primeiro neste domingo, contra o Palmeiras; o segundo no próximo dia 27, diante do Corinthians.
O clube também entrou com o pedido de novo julgamento, e a data já está marcada: 1º de março.
Após a negativa do TJD da FPF, José Carlos Ferreira Alves, advogado do clube, disse que vai traçar uma estratégia para tentar absolver ou, pelo menos, abrandar a pena de Leão. “Fizemos a tentativa, mas para ele [presidente do TJD] não houve prejuízo irreparável. Ele não se sensibilizou”, afirmou Ferreira Alves.
A notícia de que o efeito suspensivo fora negado chegou a Leão, que ameaçou até abandonar a carreira após receber a punição, ontem à tarde. Visivelmente chateado, ele deixou o campo de treinamento sem passar pela sala de imprensa.
O substituto do treinador já foi definido. Pedro Santilli, que trabalha com Leão há mais de 15 anos e acumula as funções de preparador de goleiros e auxiliar técnico, vai orientar os jogadores durante o período da suspensão.