Ser são-paulino é não ter fronteiras para acompanhar o São Paulo
onde quer que ele vá jogar. E isso ficou provado na histórica
campanha do tricampeonato mundial – 1992, 1993 e 2005. Mesmo do
outro lado do mundo, a torcida não deixou de prestigiar o time do
coração.
Na trinca tricolor na terra do sol nascente, mais de 150 mil
torcedores acompanharam diretamente do estádio as conquistas do São
Paulo, além de milhares espalhadas pelo mundo. Em 1992, 60.000
pagantes estiveram no Estádio Nacional de Tóquio para ver a vitória
por 2 a 1 sobre o Barcelona, com dois gols do meia Raí.
No ano seguinte, outro grande público. Na épica e inesquecível
vitória por 3 a 2 sobre o Milan (ITA), com gols de Palhinha,
Toninho Cerezo e Muller, 52.275 pagantes lotaram novamente o
Estádio Nacional de Tóquio. E, mais uma vez, festa tricolor com
muito sushi, comida típica japonesa.
“Em 92, a torcida brasileira invadiu o campo. Foi a primeira vez
que isso aconteceu (risos) no Japão. Não tinha como evitar. Você
entrava no estádio pela pista de atletismo. Já no segundo ano tinha
uma segurança maior e aí foi mais difícil. Mas foi muito bacana o
apoio que recebemos”, ressaltou Zetti, bicampeão mundial.
E 66.821 pessoas tiveram a oportunidade de estar presente em uma
das principais atuações do goleiro Rogério Ceni com a camisa do São
Paulo. Jogo eleito pelo próprio jogador. Na final do Mundial de
2005, São Paulo e Liverpool se enfrentaram no Estádio Internacional
de Yokohama. Rogério pegou até pensamento naquele jogo. No ataque,
Mineiro foi a surpresa e fez o gol que garantiu o terceiro título
mundial do clube – 1 a 0 sobre os ingleses.
Neste mesmo ano, a capital paulista parou para receber os
campeões mundiais. O aeroporto de Cumbica se transformou em um
verdadeiro estádio, lotado de são-paulinos. Em um trio-elétrico, o
grupo saiu direto da pista para ruas e seguiu por São Paulo até
chegar no Estádio do Morumbi, onde a festa foi completa.
“Foi muito importante o apoio da torcida. Até hoje tenho todos
os quadros de quando nós chegamos em São Paulo. A gente subiu no
trio-elétrico para desfilar. Foi uma coisa impressionante e tenho
de agradecer a Deus por tudo isso. Foi importante este apoio no
Japão e na nossa chegada no Brasil”, disse Aloísio.