‘Top 3’, Muricy recorda ensinamentos de Telê

‘Top 3’, Muricy recorda ensinamentos de Telê

Calendário 8/05/2014 - 00:18

“É a sensação do dever cumprido, mas nunca foi a minha meta
bater recordes. Muito menos superar o Telê, porque é uma pessoa que
sempre admirei”. A frase do técnico Muricy Ramalho, que superou o
Mestre Telê Santana na noite desta quarta-feira (7) e se tornou o
terceiro maior técnico no comando do clube assim que a bola parou
de rolar no Pacaembu, resume o sentimento do comandante são-paulino
pelo ex-treinador.

Agora, após o duelo com o CRB-AL, Muricy está atrás apenas de
Poy (422) e Feola (532) em número de jogos no banco de reservas do
São Paulo, com 412 jogos. E de acordo com ele, os ensinamentos de
Telê (411) foram fundamentais para que o técnico conseguisse
construir uma carreira de sucesso no futebol.

“Atingir uma marca como essa é difícil, ainda mais tendo pessoas
de respeito na lista, mas foi muito importante aprender com ele,
porque era um cara diferente. O Telê insistia demais nos
fundamentos e gostava de trabalhar os jogadores que tinham alguma
dificuldade. Ele dizia que a repetição melhorava o jogador e, por
isso, sempre carreguei essa filosofia comigo”, revela.

Tricampeão brasileiro pelo Tricolor (2006/07/08), Muricy era um
dos homens de confiança do Mestre, que é um eterno ídolo da
torcida. Sua marca registrada era a disciplina imposta a seus
comandados.  O treinador colocou para sempre na memória dos
torcedores são-paulinos a obstinação e trabalho dedicado a melhorar
a qualidade do futebol brasileiro, exigindo capacidade técnica e
jogo bonito.

Foram dez títulos oficiais conquistados, incluindo os
bicampeonatos da Taça Libertadores da América e do Mundial
Interclubes, que elevaram o nome do São Paulo a um patamar nunca
antes atingido. “Acredito que somos parecidos no comando, porque
também sou rígido. Se você não tiver comando, não sobrevive. Sem
comando, o treinador não aguenta a pressão”, acrescenta Muricy.

“O Telê era mais reservado, sem conversar muito, mas muito
batalhador. Era chato e exigente com as pessoas que trabalhavam com
ele, mas fazia isso para tirar o melhor de cada um e deixar o São
Paulo mais forte, porque essa clube é muito grande”, finaliza.

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