O site oficial do São Paulo encerra a série de matérias do
elenco em 2015 com um personagem para lá de especial para os
torcedores e, principalmente, para o clube: o eterno capitão
Rogério Ceni. A temporada marcou a despedida dos gramados do M1TO,
que está marcado no Tricolor com seus inúmeros feitos, recordes e
títulos. E para fechar o ano, o camisa 01 elegeu os seus dez
maiores gols e as suas dez melhores defesas, que ficarão para
sempre na história do São Paulo.
Na carreira, Rogério balançou as redes 131 vezes em 1237 jogos.
Todos foram importantes e entraram para a história do futebol
mundial, mas alguns têm um sentimento especial para o maior goleiro
artilheiro. A lista elaborada pelo arqueiro conta com momentos
marcantes, como o seu centésimo gol – anotado no clássico contra o
Corinthians (2 x 1), em Barueri -, com o primeiro que abriu a
contagem – feito diante do União São João de Araras, em 1997 – e
com o tento de pênalti marcado contra o Al-Ittihad, em 2005, no
Mundial, quando se tornou o único goleiro a balançar as redes em
competições oficiais da FIFA.
E se a lista de gols é extensa, a de defesas é incontável! M1TO
também embaixo das traves, o capitão não mediu esforços para
defender o São Paulo nos 1237 jogos e assim herdou a vaga de Zetti
em grande estilo. Ao longo de sua carreira, centenas de atacantes
pararam nas mãos de Rogério, que com a sua habilidade e competência
na posição teve a honra de disputar duas vezes a Copa do Mundo, em
2002 e 2006.
Entre as defesas favoritas do arqueiro, estão a na cobrança de
falta do meio-campista inglês Gerrard, do Liverpool-ING, em 2005,
no Mundial, e o pênalti defendido de Gaona em confronto entre
goleiros que classificou o São Paulo na Libertadores da América de
2004, diante do Rosário Central. A ‘coletânea’ de Rogério ainda
conta uma linda intervenção correndo para o gol, em 2001, em uma
cena clássica diante do Fluminense que mais tarde contaria com três
defesas de pênaltis na disputa ‘pós-jogo’.
Tantas demonstrações de amor pelo clube marcaram a trajetória do
camisa 01, que nunca escondeu o seu orgulho de ter defendido o
Tricolor. “Me sinto completamente realizado, porque fui feliz. Sou
mais um são-paulino, com uma diferença, um privilegiado por ter
estado em campo durante 19 anos como titular. Que teve a
oportunidade de expressar todo o sentimento dentro de campo.
Difícil falar de si mesmo. Isso é o tempo que vai dizer, as vozes,
o canto”, afirma.
Dono de recordes, feitos e dono da braçadeira em memoráveis
conquistas, o camisa 01 fez história e marcou uma geração de
tricolores. “Acho que o talento você aperfeiçoa com o passar dos
anos. Alma, coração, acho que é uma coisa que nasce dentro de cada
um. Daqui 20 poucos anos, novas pessoas não vão ter visto eu jogar
no São Paulo, e eu ficarei na história. O amor pelo clube vai ser
levado para sempre. A única diferença é que não vou poder estar em
campo para sentir a emoção do jogo. A história será contada por
aqueles que vivenciaram. Ela se escreve, se lê”, acrescenta.
Presente em 18 títulos oficiais, como a Libertadores de 2005 e o
tricampeonato Brasileiro, em 2006, 2007 e 2008, o M1TO representa
uma fase vitoriosa do São Paulo. Nos 1237 jogos pelo Tricolor, a
vontade de defender a equipe e representar o torcedor nas
arquibancadas foram os grandes combustíveis do capitão, que marcou
época e ganhou fãs pelos quatro cantos do planeta.
“Eu nunca tracei como objetivo ser um atleta profissional.
Gostava muito do esporte, e vim aqui garoto, não tinha condições de
projetar um futuro. Se eu fizesse uma negociação com qualquer
pessoa, ou Deus, que eu chegaria aos 30 jogando nesse clube, eu
teria assinado. Com o passar dos anos, eu fui almejando cada vez
mais ajudar o São Paulo”, finaliza.
Confira o Top 10 do M1TO:
GOLS
DEFESAS