O meio-campista Souza esteve na tarde desta segunda-feira (04) no Centro de Treinamento da Barra Funda para se despedir de seus companheiros antes da mudança definitiva para a França.

O jogador, negociado com o Paris Saint Germain, esteve na capital francesa na última semana, fez exames médicos, assinou contrato de 3 anos e meio com seu novo clube e retornou ao Brasil apenas para acertar os últimos detalhes.

Souza, que hoje comemora seu 29º aniversário, viaja na noite de hoje para Paris, onde começará os trabalhos com seus novos companheiros de clube.

Histórico

Irreverente, Souza chegou ao São Paulo em 2003, após destacada campanha com a Portuguesa Santista, quando ficou em terceiro lugar no Campeonato Paulista.

Sua estréia foi no dia 9 de abril de 2003, quando o São Paulo venceu o Figueirense por 2 a 0, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela Copa do Brasil.

Pelo clube, disputou um total de 232 partidas, marcando 35 gols. Do atual elenco, Souza era o segundo atleta com mais tempo de clube, atrás apenas do goleiro Rogério Ceni.

No São Paulo, sagrou-se campeão mundial, da Libertadores e do Paulista em 2005, além de bicampeão brasileiro em 2006 e 2007.

Abaixo os principais trechos da entrevista coletiva do craque

História

“Foram cinco anos muito vitoriosos que vão ficar para sempre. Eu vou, mas o São Paulo fica. Passei aqui os mais importantes anos de minha vida. Aprendi, cresci, melhorei.”

Lembranças

“Vou guardar todos os momentos para sempre. Boas lembranças, coisas boas, conquistas, amizades. Isso é que o fica. Estou feliz demais por ir, mas triste por acabar esse ciclo vitorioso. Sempre que voltar vou querer ver os quadros das conquistas que participei.”

Saudades

“É muito difícil sair de uma casa que passei cinco anos e sei que será difícil voltar para revê-los. Vou sentir muita falta daqui.”

Viagem

“Cheguei lá na quinta-feira, fiz cinco horas de exames, fui no clube assinar o contrato e no dia seguinte fui conhecer a estrutura e os companheiros.”

Negociação
“Foi uma proposta irrecusável. Estou com 29 anos, é importante para mim e para a minha família. Vou poder dar a eles tudo que um menino pobre de Maceió jamais pensou que poderia dar.”

Agradecimento

“Não tenho palavras para agradecer tudo o que esse clube fez por mim. Se fosse agradecer todos que me ajudaram eu demoraria um ano. Obrigado a todos que sempre torceram por mim, ao presidente, a diretoria, aos meus companheiros, aos torcedores.”

Presidente

“Sempre que precisei pude contar com o Dr. Juvenal. Agradeço muito a ele por tudo que fez por mim, pelas orientações, conselhos, conversas.”

Muricy

“Foi outro que sempre me apoiou em todos os momentos. É como um paizão. Agradeço muito ao Mugica por tudo.”

Vontade 

“Se pudesse fazer dois contratos eu jogava na quinta-feira contra o São Caetano para ajudar meus companheiros.”

Trajetória
“Cheguei aqui em 2003, com cabelo amarelo, desconhecido, simples e consegui ser vencedor no maior clube do Brasil. Tenho muito orgulho de tudo que passei.”

Emoção

“Quando eu fui fazer os exames na França eu ainda não tinha certeza de que iria ficar. Agora é diferente. Sei que estou indo embora e isso é muito difícil para mim. Não esperava que fosse chorar, que meus familiares fossem chorar.”

Valorização

“Sem querer puxar sardinha para o meu lado, mas é difícil encontrar alguém que se dispõe a fazer tudo que eu faço, atuar em tantas posições assim. Espero que o clube encontre o mais rápido.”

Brincalhão

“Se em campo vai ser difícil, na brincadeira vai ser ainda mais duro me substituir. Sempre falam que eu sou o animador do grupo. Nesse lado acho que vai demorar muito tempo.”

Camisa 10

“Queria manter a camisa 21, mas não tinha. Das opções que eles me deram eu pedi a 12 que é o número 21 ao contrário. Na hora eles concordaram, mas na apresentação me deram a camisa 10. Estou muito orgulhoso.”

Raí

“Ele foi um rei para o torcedor são-paulino e depois foi ídolo no Paris Saint Germain. Eu conquistei meu espaço no São Paulo e agora estou indo pra França. Espero ter a mesma sorte que o Raí teve lá.”

Irreverência 

“Aqui no São Paulo eu brincava porque tinha cinco anos de casa e conhecia todo mundo. Lá, por enquanto, vou ser mais sério. Mas é claro que se derem uma brecha eu brinco.”

Dinheiro 

“Há 10 anos eu não tinha dinheiro e era feliz. O mais importante não é ficar rico, mas sim ter sempre Deus no coração, respeitar as pessoas, ter bom caráter. É claro que estou feliz por essa parte financeira, estou conquistando algo que vários sonham, que os atletas sempre buscam.

Cultura

“O beneficio maior vai ser da minha família. Vão aprender outro idioma, conhecer outra cultura. Para eles vai ser muito importante no crescimento como pessoa, como ser humano.”