Símbolo de técnica e raça, Darío Pereyra aposta no Tricolor

Símbolo de técnica e raça, Darío Pereyra aposta no Tricolor

Calendário 14/09/2012 - 14:35

Um zagueiro de muita raça e técnica refinada. O uruguaio Darío
Pereyra é considerado um dos maiores ídolos da história do São
Paulo. Foram mais de dez anos no clube com diversos títulos. Um
deles justamente diante da Portuguesa, adversária da noite deste
sábado, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

As equipes disputaram a final do Campeonato Paulista de 1985. Na
oportunidade, Darío Pereyra foi um dos destaques no primeiro jogo,
vencido por 3 a 1 pelo São Paulo. Além do habitual poder defensivo,
o zagueiro deixou sua marca e colaborou com o triunfo tricolor.

Já no jogo da volta, também no Morumbi, o Tricolor consolidou o
título estadual com uma vitória por 2 a 1. Darío lembra daquela
equipe com orgulho e acredita que a equipe de Ney Franco esteja no
mesmo caminho. Mas, para isso, precisa de tempo e sequência para
igualar o passado.

“Tinha jogadores de muita qualidade naquele time, uma equipe
muito técnica. O Ney Franco chegou há pouco tempo no clube e estou
gostando do trabalho. A tendência é melhorar a cada dia. Vejo uma
equipe com boa posse de bola, que pode repetir aquele time em que
joguei”, disse o uruguaio.

Na véspera do confronto contra a Portuguesa, Darío Pereyra
conversou com o Site Oficial e lembrou da época de jogador, do
carinho que tem pelo São Paulo e opinou sobre a equipe atual.
Grande campeão, o ex-zagueiro acredita que o Tricolor está
diretamente na briga por uma vaga do G4 do Brasileiro.

Confira o bate-papo:

  • Em 1985, você fez gol na final contra a Portuguesa.
    Fale um pouco daquela conquista.

Foi um título muito importante para nós. Tínhamos uma equipe
muito boa, com 14, 15 jogadores que poderiam ser titulares. Era um
time muito técnico, com um ataque forte, de jogadores habilidosos.
E também tinha a gente lá atrás. A Portuguesa era difícil, mas
conseguimos vencer.

  • Até hoje você é considerado um grande ídolo do clube.
    Qual a sensação?

É um orgulho. Eu vim para o Brasil por causa do São Paulo. Foram
mais de 10 anos no clube e sou muito grato a isso. É motivo de
orgulho ser lembrado até hoje. Pude contribuir com títulos e hoje o
São Paulo é muito grande e vitorioso. Sou sócio do clube e sigo
acompanhando.

  • Rogério Ceni, Luis Fabiano e Lucas são os ídolos desta
    nova geração. Qual sua visão sobre eles?

São grandes jogadores. O Rogério Ceni é um símbolo. São 20 anos
no clube e hoje em dia você não vê mais isso. O Lucas também é um
jogador excepcional, uma revelação. E o Luis voltou e tem tudo para
ser um grande destaque também. É um artilheiro nato. É que na minha
época os jogadores ficavam mais nos clubes.

  • Como você vê a atual fase da equipe?

Eu acredito que seja possível sim brigar por uma vaga no G4 do
Brasileiro. O Ney Franco chegou há pouco tempo e estou gostando do
time. Está trabalhando bem a bola, vejo um progresso. Agora é
acertar os detalhes, pois falta muita coisa ainda no Brasileiro. Dá
para brigar sim.

  • Então, o toque de bola é um diferencial dessa
    equipe?

Assisti ao jogo contra o Internacional e gostei bastante, apesar
do empate. Muito toque de bola, com passagem dos laterais. Até
falei no dia que lembrava um pouco o time em que joguei. A
diferença é que tinha mais tempo de trabalho, mas a tendência é
melhorar cada dia mais. Precisa de uma sequência.

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