Antes do início do returno da Superliga, a capitã Maira já anunciava alguns dos objetivos do São Paulo/Barueri: “Buscar sets e quem sabe a vitória contra os times que lideram a tabela”. Logo na primeira semana de disputa, o Tricolor já alcançou essa meta, e em grande estilo. Nesta sexta-feira (15), a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães superou o vice-líder Osasco na casa do adversário por 3 a 1 (21-25, 25-21, 25-23 e 25-14). Foi a segunda derrota de Osasco em 14 partidas na competição.
Com esse resultado, o São Paulo foi a 23 pontos, com oito vitórias e cinco derrotas, isolando-se na sexta colocação. O Curitiba, sétimo, soma 17, com cinco vitórias e oito derrotas.
Depois de sofrer quatro derrotas na temporada para o Osasco, tendo vencido apenas um set, passou-se a impressão de que o barco ia para o mesmo rumo no primeiro set, vencido pela equipe campeã paulista por 25 a 21. Depois de escalar Kenya como titular na posição de levantadora, Zé Roberto voltou a apostar em Jacke. Ela fez por merecer a confiança. O jogo foi bem distribuído: Lorena anotou quatro pontos nessa parcial, sendo seguida por três colegas com três pontos: Diana, Maira e Karina.
O São Paulo chegou a abrir 6 a 3, graças a dois erros seguidos de Tandara. Na sequência, no entanto, Osasco passou a fazer a diferença, com mais eficiência no contra-ataque. Uma das metas do Tricolor é reduzir o número de erros, e o time foi bem-sucedido nesse quesito: cedeu seis pontos em falhas no primeiro set, mesma quantidade de pontos dados de graça pelo adversário. A diferença ficou mesmo nos contra-ataques: 16 a 12 para as donas da casa.
No segundo set, o São Paulo manteve a pegada, e procurou se aplicar mais no cumprimento da estratégia de saque proposta por Zé. Depois de abrir 8 a 4, o Tricolor permitiu que o rival encostasse: 8 a 7, após um erro de Maira, que foi substituída por Glayce Kelly. O reforço que veio de Bauru entrou muito bem no jogo, anotando quatro pontos nesse set. Na sequência, o treinador foi buscar outras soluções no banco de reservas, recorrendo a Kenya e Kisy, que entraram na inversão de 5/1 e não saíram mais. Com Karina inspiradíssima e as centrais Lorena e Diana fazendo uma partidaça, o São Paulo melhorou muito o aproveitamento nos contra-ataques e ainda viu o oponente errar mais: fez nove pontos dessa forma, cedendo apenas quatro. O resultado disso tudo foi a vitória por 25 a 21 e o empate em 1 a 1.
Com o moral em alta, o São Paulo agarrou-se às suas chances de vitória e passou a acreditar. Rapidamente abriu 6 a 0, forçando o treinador adversário a queimar suas duas pedidas de tempo logo no início do set. Com Jacke novamente como titular, o jogo foi muito bem distribuído: quatro pontos para Karina, Kisy, Lorena e Diana nessa parcial, e três para Glayce. Além disso, o São Paulo ainda foi melhor no bloqueio contra Osasco, uma das equipes mais poderosas da Superliga nesse fundamento.
Depois de abrir os 6 a 0, o Tricolor permitiu a reação do adversário (15 a 14). Voltou a abrir no final do set (23 a 19) e novamente deu um frio na barriga dos torcedores das Chiquititas, ao ceder o empate em 23 a 23. Nesse momento decisivo, no entanto, a jovem equipe mostrou frieza e concentração e conseguiu levar a melhor, por 25 a 23.
A reação frustrada no final do terceiro set parece ter desanimado Osasco, que novamente viu o adversário abrir larga vantagem: 6 a 0. Dessa vez, no entanto, o Tricolor não vacilou. Pelo contrário: a dianteira foi ampliada. Jacke, Karina, Diana, Lorena, Glayce e Kisy continuaram jogando muito bem. Do outro lado, uma marcação muito eficiente sobre Tandara minou a principal válvula de escape do adversário, que se abateu e não conseguiu mais reagir. Resultado: 25 a 14 e 3 a 1 no placar, na vitória mais expressiva do time de Barueri na temporada.
Com 17 pontos, Karina foi a maior pontuadora do jogo, com 17 acertos, ao lado de Tandara, e recebeu o Troféu Viva Vôlei.