Na noite da última segunda-feira, dia 14 de novembro, o jogador são-paulino Arboleda foi convocado pela Federação Equatoriana de Futebol para defender a seleção do Equador na Copa do Mundo de 2022, no Catar. Com a chamada, o atleta se tornou o sétimo tricolor a atuar por uma equipe estrangeira na principal competição do futebol mundial.
Arboleda repete Forlán e Pedro Rocha (Uruguai, 1974), Darío Pereyra (Uruguai, 1986), Aristizábal (Colômbia, 1998), Álvaro Pereira (Uruguai, 2014) e Cueva (Peru, 2018).
Vale ressaltar que Reasco em 2006 era jogador do São Paulo durante a Copa, com contrato assinado, mas por metodologia e padrões de consenso internacional, a estatística só leva em consideração o time a qual estava vinculado quando foi convocado para a Copa e o lateral somente se transferiu para o Tricolor após esse fato.
As sete chamadas para defender seleções estrangeiras em Copa é um recorde entre clubes brasileiros (recorde igualado com o Palmeiras, que também cedeu sete vezes jogadores para equipes de fora do Brasil).
A convocatória equatoriana foi a última a ser divulgada dentre as 32 seleções participantes do torneio da FIFA e definiu que apenas quatro clubes brasileiros terão representantes no país da península arábica: além do São Paulo, somente Flamengo (4 jogadores), Palmeiras e Athletico Paranaense (um cada).
Com a participação de Arboleda, o São Paulo chega à marca de 54 representações de atletas em Copas do Mundo por quaisquer seleções – outro recorde nacional. Foram 47 vezes com jogadores brasileiros e sete com estrangeiros. O Botafogo aparece na segunda posição do ranking, com 49 representações (47 nacionais e duas estrangeiras).
Além disso, a convocatória recente marcará a 20ª participação do Tricolor em uma edição de Copa do Mundo – mais um recorde nacional. A Copa a ser realizada no Catar será a 22ª da história e o São Paulo não contou com atletas representantes apenas nas edições de 1938, quando se reconstruía, e em 2010. É seguido, na segunda posição desse ranking, pelo Flamengo, representado em 19 edições.
Mas a presença nas Copas de 1930, 1934, 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2014, 2018 e 2022 é um fato gigantesco não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
De modo geral, contabilizando todas as convocatórias e todos os clubes, somente dois times possuem mais edições no principal torneio de futebol: Juventus e Internazionale, ambos da Itália, com 21 edições – não estiveram presentes apenas na Copa do Mundo de 1930, no Uruguai.
Confira, abaixo, a relação de todos os são-paulinos em Copas do Mundo:
1930: Araken Patusca*;
1934: Sylvio Hoffmann, Armandinho, Luizinho, Waldemar de Brito;
1950: Bauer, Rui, Noronha, Friaça;
1954: Mauro, Alfredo, Bauer, Maurinho;
1958: De Sordi, Mauro, Dino Sani;
1962: Bellini, Jurandir;
1966: Bellini, Paraná;
1970: Gérson;
1974: Waldir Peres, Mirandinha; Pedro Rocha; Pablo Forlán;
1978: Waldir Peres, Chicão, Zé Sérgio;
1982: Waldir Peres, Oscar, Serginho, Renato;
1986: Oscar, Falcão, Müller, Careca, Silas; Darío Pereyra;
1990: Ricardo Rocha;
1994: Müller, Cafu, Zetti, Leonardo;
1998: Zé Carlos, Denílson; Aristizábal;
2002: Rogério Ceni, Belletti, Kaká;
2006: Rogério Ceni, Mineiro;
2014: Alvaro Pereira;
2018: Cueva;
2022: Arboleda.
*Para a CBF, herdeira da CBD, Araken Patusca foi inscrito para a Copa como jogador da AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos – a federação do Rio de Janeiro, na época). Isto, pois, o atleta se encontrava em litígio com o Santos, na APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos), embora treinasse e jogasse pelo São Paulo desde o início de 1930 e depois da Copa do Mundo também. A ação da CBD em 1930 foi de flagrante pirataria e, hoje, o São Paulo não reconhece a atitude.