No clássico de amanhã, quando o Tricolor enfrenta o Palmeiras no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista, os jogadores são-paulinos vão entrar em campo acompanhados por crianças e jovens muito especiais. Eles são parte do projeto Instituto Olga Kos, e todos têm Síndrome de Down.
A ação acontece para lembrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, que é em 21 de março. Essa data é importante para conscientizar que o indivíduo com a Síndrome merece respeito, garantia de direitos e oportunidades de inclusão social. Veja mais abaixo algumas das dúvidas mais frequentes sobre a Síndrome.
A data é uma referencia à trissomia do cromossomo 21 – as pessoas com Síndrome de Down carregam três desses cromossomos. Estima-se que 300 mil pessoas têm a Síndrome no Brasil, cerca de 30 mil delas em São Paulo.
“O São Paulo quer chamar atenção dos torcedores para o Dia Internacional da Síndrome de Down. E nada melhor de fazer essa ação antes de um jogo, porque sabemos que será uma experiência incrível pra esses jovens, que pra nós são muito especiais”, afirma o vice-presidente de Comunicação e Marketing do clube, José Francisco Manssur.
“Um jogo dessa magnitude é uma excelente oportunidade para promovermos a conscientização sobre esta data tão importante. O São Paulo está de parabéns pela atitude.”, completa a Dra Olga Kos, vice-presidente do Instituto.
Dúvidas frequentes
A Síndrome de Down é uma doença?
Não. As pessoas que nascem com a trissomia 21 não são doentes, nem vítimas e nem “sofrem” desta condição. O certo é dizer que a pessoa “nasceu” ou “tem” síndrome de Down. Eles possuem um cromossomo a mais, o que confere algumas características diferentes. Não é uma doença, é uma alteração genética.
Quanto tempo vive uma pessoa com Síndrome de Down?
A média de vida da pessoa com síndrome de Down cresceu muito. Em 1910, o portador vivia só nove anos. Já em 1947, a média era de 12 anos, alcançando 18 em 1949 e 25 em 1983. Hoje, já atinge entre 56 e 70 anos. A maior expectativa de vida se deve ao aumento do conhecimento médico com relação ao acidente genético e, principalmente, ao avanço do tratamento dos problemas cardíacos relacionados a ele.
A maioria das crianças com Down nasce de mulheres mais velhas?
Não é verdade. Apesar de as chances de gerar um bebê com Down serem maiores à medida em que a mulher envelhece, principalmente a partir dos 35 anos, cerca de 80% dos que nascem com a trissomia 21 são filhos de mulheres mais jovens. Isso seria explicado por uma combinação de fatores como o maior índice de natalidade das mulheres mais jovens e por elas não fazerem com tanta frequencia a amniocentese, exame que pode detectar a possibilidade de o bebê ter a trissomia 21.
O Instituto
O Instituto Olga Kos é uma associação sem fins lucrativos, que atende cerca de 2.500 crianças, jovens e adultos, preferencialmente com deficiência intelectual, na cidade de São Paulo, buscando auxiliar na inclusão social delas por meio do esporte e da arte.