Os gols de Alan Kardec e Paulo Henrique Ganso – este após linda
trama do sistema ofensivo, que contou com grande participação de
Michel Bastos, Souza e Kaká – garantiram a classificação do
Tricolor para a semifinal da Copa Sul-Americana de 2014. No
entanto, mais do que os importantes tentos marcados na derrota por
3 a 2 na noite desta quarta-feira (5), no Equador, o empenho de
todos os jogadores foi fundamental para a permanência do clube no
torneio.
As defesas importantes de Rogério Ceni, a superação do sistema
defensivo e, principalmente, pela vontade de permanecer em busca do
troféu, o São Paulo superou os donos da casa, que balançaram as
redes com Bolaños, e avançou na competição internacional após ter
goleado na ida por 4 a 2. Por conta da intensa pressão, os
brasileiros não conseguiam manter a posse de bola e sair para o
jogo, como no primeiro tempo, após a virada.
A torcida equatoriana fazia muito barulho e empurrava o Emelec,
que precisava de mais um gol para levar a decisão para os pênaltis.
Por isso, assim que a bola parou de rolar em terras equatorianas, o
capitão Rogério Ceni fez questão de elogiar a entrega dos
companheiros, que se desdobraram para conquistar a
classificação.
“Os gols no começo do primeiro e do segundo tempo acabaram
passando um pouco de insegurança, mas valeu pela luta de todos”,
afirmou o camisa 01, que viu os jogadores de linha superarem o
desgaste da maratona de viagens e jogos do Tricolor no segundo
semestre deste ano. “Agora temos de tentar nos recuperar já no
hotel, porque temos outros compromissos importantes pela frente”,
acrescentou.
“Essa logística complicada, viagens, jogos quarta e domingo. Sei
que o torcedor não fica feliz com o resultado, mas fica feliz com a
entrega e a classificação à semifinal. Todos nossos jogadores têm
qualidade técnica, os dois volantes sabem jogar. O Ganso, o Kaká, o
Michel, o próprio Kardec. Mas não tínhamos velocidade, então
tínhamos que ficar com a bola. Quando ficamos, deu jogo”,
opinou.
No duelo contra o Emelec, trave e travessão também pararam os
anfitriões e ajudaram os visitantes. O time são-paulino se fechou
na defesa e conseguiu, com muita luta e raça, avançar no torneio
continental. “É uma dádiva de Deus poder viver um ambiente como
esse no fim de carreira”, finalizou o M1TO, orgulhoso de ver o
Tricolor vivo na Sul-Americana.