Após confirmado o retorno ao gol são-paulino, Rogério
Ceni concedeu a primeira entrevista coletiva na temporada. Muito
animado e feliz com a recuperação da lesão no ombro direito, o M1TO
já entrou no clima do jogo contra o Flamengo, no próximo domingo,
no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
“É minha primeira coletiva que dou este ano, um pouco atrasado,
né. Era para ser me janeiro, mas fico feliz por estar voltando.
Exatamente hoje completam seis meses da minha cirurgia. Todos da
comissão ajudaram nesta decisão e acharam que era o momento ideal
para voltar”, disse Rogério.
“Agora vamos ver se essa alegria se transforma em resultado
diante do Flamengo. Será um jogo complicado. É uma equipe que passa
por um momento relativamente parecido com o nosso e precisamos
reverter esse quadro no domingo. Estamos longe do líder, mas vamos
jogo a jogo tentando buscar”, completou o M1TO.
Rogério Ceni se lesionou ainda na pré-temporada em Cotia e
passou por uma cirurgia no fim do mês de janeiro. Apesar dos 39
anos, o goleiro mostrou uma recuperação e motivação de garoto para
passar por esse obstáculo na carreira. Momento de agradecer a todos
que foram fundamentais nessa recuperação.
“Quero agradecer a todos os profissionais do REFFIS, que me
ajudaram muito neste período e foram importantes para mim. Fico
feliz de, depois de seis meses, aos 39 anos, não desanimar e chegar
aqui novamente”, ressaltou o capitão são-paulino.
Neste retorno, Rogério Ceni sabe da responsabilidade que tem e
não irá fugir dela. Apesar disso, ele não se vê como salvador e
pede a ajuda de todos no elenco para que o Tricolor possa dar a
volta por cima no Brasileiro e entre na briga direta pelo título da
competição.
“A responsabilidade é de todos quem vão a campo. Jogar aqui no
São Paulo já é uma responsabilidade. Não digo que vivemos um
momento ruim, mas o objetivo de todo atletas é buscar a ponta da
tabela. Quanto maior a experiência, maior a responsabilidade”,
concluiu o ídolo são-paulino.
Confira mais trechos da entrevista do M1TO:
- Qual a sensação do retorno?
É um momento emocionante. Espero continuar assim neste caminho e
que as lesões não voltem, para que eu consiga executar um bom
trabalho. Foi o período mais longo da minha carreira, mas essa é a
nossa profissão e faz parte.
- Como você está se sentindo fisicamente?
Me sinto bem, fazendo todos os movimentos. É claro que, quando
você fica mais velho, é natural que não tenha mais o vigor físico
de um menino de 20 anos. Mas me sinto completamente bem, com todos
exames e testes feitos. E com a força equilibrada, na mesma média
dos demais atletas.
- Neste período ausente, como foi ficar no papel de
torcedor?
Todos os times sofrem com eliminações. Você sempre tem alguma
durante o ano. O problema que vem acontecendo nos últimos anos com
a gente e isso passa para o torcedor. Isso faz parte, as críticas,
entrevistas, tudo faz parte. Nós temos de fazer daqui para frente
um São Paulo mais forte, não podemos parar no tempo.
- Todos depositam muita confiança na sua volta. Qual sua
opinião sobre isso?
Não sou o salvador da pátria, sou mais um cara que está se
juntando ao grupo. Perdemos algumas peças durante o ano e temos
algumas dificuldades. A minha volta não garante nada. Se não
correr, marcar, se entregar, não conquistar o torcedor, não ganhar
o jogo, nada disso adiantará. Temos de fazer acontecer.
- Hoje o Lucas está na Olimpíada e você sempre deixou
claro a admiração pelo futebol do camisa 7. Ele está fazendo
falta?
Gostaria que ele ficasse no São Paulo, independentemente dos
valores. Não sei qual a necessidade do clube, mas é um jogador
diferenciado que nos dá a esperança de títulos. Um dos maiores
reforços do São Paulo é a manutenção dele, o jogador mais
importante do Brasil.