A consagração de um Mito. O goleiro Rogério Ceni, por alguns dias, foi o Rei do Japão. Ou melhor, o dono do mundo, por assim dizer. No Mundial de Clubes de 2005, o camisa 01 são-paulino fez gol, ótimas defesas, foi eleito o melhor jogador e o principal: foi campeão mundial.
Esta rica história começou no dia 14 de dezembro de 2005. Após conquistar o tricampeonato da Libertadores meses antes, o São Paulo estreou no Mundial. Na oportunidade, o adversário foi o Al-Ittihad. Uma partida mais complicada do que se poderia imaginar.
Amoroso abriu o placar, mas Noor deixou tudo igual. Após o camisa 11 recolocar o Tricolor na frente, Rogério Ceni começou a entrar para a história. De pênalti, ampliou para o São Paulo. Foi a primeira vez que um goleiro fez um gol em Mundiais de Clube.
O time árabe ainda descontaria, mas nada que estragasse os primeiros capítulos da história. Quatro dias depois, Rogério Ceni e companhia tinham pela frente o poderoso e favorito para muitos, não para os são-paulinos, Liverpool, de grandes jogadores como Gerrard e Xabi Alonso.
Mas o time inglês esbarrou num verdadeiro paredão. Antes disso, um volante, não tão grande assim, fez o gol são-paulino. Mineiro recebeu de Aloísio e tocou na saída de Reina, aos 27 do primeiro tempo. A partir daí, Rogério Ceni continuou a escrever os próximos capítulos que o tornariam Mito.
Uma defesa mais espetacular do que a outra. No linguajar futebolístico, uns diriam que o Liverpool poderia tentar até o dia seguinte que o gol não sairia. Rogério tinha chegado ao topo. Levou o São Paulo ao maior título que um clube brasileiro pode ganhar. No fim, o prêmio de melhor jogador da competição fechou com chave de ouro o furacão que passou por Yokohama.
“Ganhamos o tricampeonato brasileiro, mas o que fica de especial ainda é esta final do Mundial de 2005 contra o Liverpool. Uma representatividade muito grande para um clube, pois altera algo na camisa. Para mim é minha historia de vida, esse é meu clube, esse é o clube que sempre amei jogar”, ressaltou o goleiro Rogério Ceni.