Campeão pela terceira vez consecutiva da Copa-RS, o São Paulo mostrou que tem um elenco cheio de bons jogadores e cada um com sua importância dentro da equipe. Líder, dentro e fora de campo, Rodrigo provou que nem só de divididas e chutões vivem os zagueiros. Atuando ao lado de Walce, um dos artilheiros do Tricolor na competição com três gols, o camisa 4 fez um gol de pênalti, decretando a vitória contra o Internacional, deu linda assistência para o gol de Tuta na grande final diante do Palmeiras e levantou a taça em Porto Alegre.
“Estou vivendo um momento único na minha vida, muito feliz, e tenho que aproveitar cada oportunidade, desempenhando um bom futebol. Venho crescendo junto da equipe. Todos me ajudam para que eu consiga exercer uma liderança dentro e fora de campo. Com a confiança depositada pelo técnico Jardine, ele me deixa seguro para desempenhar um melhor futebol”, avaliou.
Foi a primeira vez que Rodrigo teve o gosto especial de levantar a taça, sendo o capitão da equipe na grande final. Durante o torneio, o zagueiro revezou com Walce e Liziero a tarja no braço, fazendo questão de também os levas ao pódio.
“A sensação é única, só no momento para conseguir descrever tudo. Ainda paro e penso, ‘caramba, somos tricampeões’, não dá para descrever isso, é uma conquista grande demais”, tentou explicar.
O São Paulo enfrentou três times argentinos, Lanús, Argentino Jrs e Huracán, além de Chapecoense, Internacional e Bahia, antes de chegar na final. Rodrigo contou da experiência com os times internacionais, que criaram dificuldades e jogavam de forma diferente dos brasileiros, times que o Tricolor já havia enfrentado em 2017.
“Os argentinos têm muita garra, dedicação, provocam e fazem muitas divididas. Tem todos esses aspectos que tornam o jogo mais difícil e provatório, tendo que conquistar equilíbrio emocional e bom desempenho individualmente para resultar numa conquista conjunta. Passamos por essas etapas de forma muito madura, absorvemos muito aprendizado do treinador e desempenhamos um bom futebol para sair com o tricampeonato”, avaliou.
Sobre a final, em que o São Paulo encarou o Palmeiras, tendo que buscar três vezes o empate e fez o gol da vitória aos 48 minutos do segundo tempo, sendo que estava com um atleta a menos desde os 10 minutos da etapa complementar, o zagueiro analisou o grande jogo do Tricolor, que se superou em conjunto.
“Foi um jogo muito competitivo, duas equipes de grande porte. Sendo um clássico, uma final, estávamos muito dispostos a dar o sangue até o último minuto, superando adversidades. Foi um jogo lá e cá, mas conseguimos sair com o título, que era nosso objetivo”, contou.
Durante a competição, André Jardine utilizou os 25 atletas inscritos. Em todas as partidas fez substituições, fazendo o elenco rodar, mesmo que utilizando a mesma base inicial na maioria das vezes. Para Rodrigo, a hegemonia em alto nível faz com que ninguém se acomode no elenco.
“O grupo é feito de 25, 30 jogadores, e para estar no São Paulo ele precisa ser bom, ser acima da média. Nós temos jogadores em alto nível, estamos todos preparados, não só os 11 iniciais. Os que estão na reserva, estão sempre na cola, mostrando todos os dias que tem condições de estar lá de titular, se dedicando ao máximo nos treinos, amistosos e nos jogos quando tem oportunidade, e isso só eleva o nível do grupo”, analisou.
Confiante, o zagueiro já projeta o primeiro torneio de 2018, a Copa São Paulo, com o Tricolor buscando o título, feito que não acontece desde 2010, quando bateu o Santos, nos pênaltis, no Pacaembu. Em 2018, o Tricolor inicia a caminhada no dia 3 de janeiro, em Ribeirão Preto, sede do time de Cotia.
“Já tem muito tempo sem o São Paulo chegar à fim da Copinha. Com dedicação e muito trabalho queremos dar esse título para o torcedor. Mostrar toda condição que os jogadores do São Paulo têm e que podem chegar ao profissional a qualquer momento. Queremos chegar ainda mais forte, mostrar quanto prata da casa é bem formado em Cotia”, finalizou.