Raí: o terror do Barcelona

Raí: o terror do Barcelona

Calendário 13/12/2011 - 11:19

“A sensação foi estar vivendo o melhor dos sonhos”. Esta é a
definição do ex-camisa 10 Raí sobre a final do Mundial de Clubes de
1992. Título até então inédito para o clube que passou diretamente
pelos pés de um dos maiores nomes da história do São Paulo.

Naquele 13 de dezembro de 1992, o favoritíssimo Barcelona entrou
em campo recheado de craques, como Guardiola, Stoichkov, Michael
Laudrup… E como parar uma verdadeira seleção como esta? O
Tricolor encontrou a resposta em apenas três letras: R-A-Í.

“No vestiário percebemos nos discursos que aquele time era mais
que um grande esquadrão, era uma grande família”, disse o
ex-camisa-10.

Raí sabe do que fala. O inesquecível time de 92 também contava
com grandes nomes do futebol brasileiro, como Zetti, Toninho
Cerezo, Cafu, Palhinha, Muller, além do próprio meia. Uma equipe
que não se importou com os status de favorito dos espanhóis e
entrou em campo para fazer história.

Mas como em todo final feliz, sempre um obstáculo pelo caminho.
Aos 12 minutos de jogo, Stoichkov abriu o placar para o Barcelona.
Sem se entregar, São Paulo e Raí começaram a dar show.

Aos 27′, Müller driblou Ferrer duas vezes, pela esquerda, e
cruzou para Raí, que – de barriga – somente encostou para as redes.
1×1! Logo após, o humilhado Ferrer se redime e salva gol certo de
Müller em cima da linha.

O Barça não deixou por menos. Aos 45′,
Beriguistain driblou Vitor e Adilson, passou por Zetti e tocou para
o gol, que só não ocorreu graças à intervenção de Ronaldo Luís, o
santo das bolas salvas em cima da linha (por mais de uma vez isso
ocorreu pois, na verdade, Telê treinava essa jogada com o
lateral-esquerdo).

No segundo tempo, o São Paulo se sobrepôs,
tanto física, quanto tecnicamente. O time catalão já não ameaçava
quando, aos 34′, Palhinha sofre falta pela direita, na entrada da
área. O árbitro apitou. A jogada seria
ensaiada.

Raí se preparou para cobrar falta da entrada da área. Naquele
momento, ele já sabia. “Minha sensação era de estar vivendo o
melhor dos sonhos, que estava dando tudo certo, na hora certa. E,
ainda por cima, no clube que eu amava e amo”, completou o
ídolo.

Um golaço que nem mesmo Zubizarreta pode evitar. Ali o São Paulo
aparecia de vez para o mundo. Conquistava centenas e milhares de
torcedores. Colocava de vez o seu nome no topo.

“Vencer o Barcelona da época foi provar pro mundo inteiro, de
maneira incontestável, que éramos o numero 1”,ressaltou Raí.

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