Depois de perder na Argentina por 1 a 0, o São Paulo colocou
mais de 100 mil pessoas no Morumbi para encurralar o Newells’s Old
Boys. E precisou do seu camisa 10 para garantir o título da
primeira Copa Libertadores da história do Tricolor Paulista.
Naquela altura, Raí já estava consolidado no clube. No ano
anterior, o meia foi um dos destaques do São Paulo na conquista do
Campeonato Brasileiro. Em 92, ele colocou o Tricolor em um novo
patamar na América do Sul.
No segundo tempo da decisão com os argentinos, Raí fez o gol
são-paulino. Com a vitória no tempo normal por 1 a 0, o título foi
decidido nos pênaltis. Raí foi o primeiro do São Paulo a bater e
converteu. Depois, viu Zetti brilhar no pênalti decisivo e dar o
título aos tricolores.
“É um título que mudou a história do São Paulo, marcou a vida de
todos os são-paulinos. Quando saiu o pênalti, procurei me
concentrar. Todo mundo na expectativa. Mais de 100 mil pessoas em
silêncio”, disse Raí, que comemorou, e muito, após o gol.
“Consegui fazer o gol e depois ganhamos também nos pênaltis com
uma defesa maravilhosa do Zetti. Ver a massa entrando no campo
depois do jogo foi um dos momentos mais impressionantes e
emocionantes que eu já vivi”, completou o eterno 10.
Até os tempos atuais, Raí é considerado um dos principais ídolos
da história do clube. Não é para menos. Os números mostraram a
eficiência do ex-jogador. Ao todo, ele disputou 395 partidas e
marcou 128 gols, além de cinco Estaduais, um Brasileiro, duas
Libertadores e um Mundial.