Na noite do último domingo (18), nos pênaltis, diante do Botafogo, a equipe Sub-20 do São Paulo conquistou o quinto título no ano. Após levantar as taças da Libertadores, Copa Ouro, Copa do Brasil e Campeonato Paulista, o Tricolor sagrou-se bicampeão da Copa RS. Rafael Paiva, que comanda a equipe Sub-15 do São Paulo, encarou o desafio com o elenco juniores, que se uniu para o triunfo.
Em decorrência da tragédia com o avião da Chapecoense, as finais da Copa do Brasil e Campeonato Paulista foram alteradas e coincidiram com as datas da primeira semana de competição da Copa RS. A lista de jogadores e comissão técnica que viajariam para Porto Alegre tiveram que ser alteradas, passando a ser composta pela comissão técnica Sub-15 e jogadores das categorias 17, 19 e 20, sendo dessa última os não relacionados para as decisões. O técnico Rafael Paiva exaltou o grupo, que se uniu para encarar o desafio.
“A gente foi pego de surpresa, uma surpresa boa. O desafio era grande, mas era uma oportunidade. Com a lista já definida, tivemos apenas quatro dias para treinar juntos antes da viagem, mas ali já vimos o potencial do grupo, que era muito forte. Entrosamos rápido nos jogos, só crescemos e evoluímos. Foi muito satisfatório trabalhar com esse grupo, que quis vencer desde a primeira partida, primeiro treino. Foi uma oportunidade muito importante para a comissão técnica do Sub-15 e para os meninos também. O título coroou isso tudo”, disse.
Na primeira fase, o São Paulo liderou a Chave D depois de empatar com o Vitória por 0 a 0, vencer o Botafogo por 4 a 1, empatar em 1 a 1 com o Atlético Rafaela (ARG), e superar o Atlético Mineiro por 4 a 0. Nas quartas de final o adversário foi o Grêmio, em que o Tricolor Paulista superou por 2 a 1. Na semi, a vitória foi sobre o Fluminense, por 1 a 0. Na grande final, encarando novamente o Botafogo, o time de Cotia teve um jogo duro, em que terminou empatado em 2 a 2, sendo decido nos pênaltis, com o título ficando para o São Paulo.
“Desde o jogo contra o Atlético Mineiro já entramos com espírito de mata-mata, porque se perdessemos esse jogo estaríamos fora. A partir das quartas, contra o Grêmio, foi um jogo realmente muito difícil, com torcida contra, meninos mais velhos, alguns até com experiência no profissional, ali mostramos que poderíamos ser campeões. O Fluminense também foi muito competitivo, tivemos um jogo apertado e a final com o Botafogo só provou nosso potencial, coroando a campanha. Os meninos mais novos, 17, 18 e 19 viram uma grande oportunidade de aparecer, agarraram a oportunidade”, analisou Rafael.
Com a mescla de categorias dentro de campo e comissão técnica do infantil, Rafael Paiva apontou a padronização do trabalho entre as categorias no Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, em Cotia, Para ele, o São Paulo só tem a crescer com esse método de trabalho uniforme.
“Estamos buscando padronizar os trabalhos, apesar de idades diferentes, a meta é fazerem todos jogarem o mesmo estilo de jogo. É nisso que acreditamos e buscamos, a alta competitividade e jogadores técnicos. Estamos tendo mérito de conseguir. Apesar de pegar garotos de três categorias diferentes, com três técnicos diferentes durante o ano, todos entendiam o estilo de jogo que eu pedia. Estamos no caminho certo em Cotia e a tendência é melhorar”, enalteceu.
Rafael comemorou a oportunidade de comandar a equipe juniores, acreditando que terá ainda mais animo para a temporada 2017 com a equipe Sub-15, que em janeiro já atuará na Copa Votorantim, um dos torneios mais importantes da categoria.
“Era a oportunidade. Vim sem saber o que ia acontecer, mas com muita vontade de mostrar meu potencial. Foi uma oportunidade única. Eu e minha comissão técnica nos doamos ao máximo e deu tudo certo. O reconhecimento que tivemos nos deixa ainda mais satisfeito e com animo para trabalhar”, finalizou.