Quando o Tricolor se sagrou campeão mundial!

Quando o Tricolor se sagrou campeão mundial!

Calendário 13/12/2016 - 00:17
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Arquivo Histórico São Paulo FC
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Hugo Mantelatto
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O som ambiente do Estádio Nacional de Tóquio naquele dia 13 de dezembro de 1992 jamais sairá a memória do torcedor são-paulino. É capaz que, mesmo hoje, o tricolor que visite o local da conquista dos primeiros títulos mundiais do São Paulo ainda consiga escutar aquele tom característico das cornetas por todo canto.

Não somente o barulho, mas todas as cenas daquela ensolarada tarde (ou madrugada, aqui no Brasil) serão lembranças indeléveis do momento de consagração de um time que começou desacreditado – que galgou o sucesso degrau por degrau após uns dos piores momentos da história do clube – e do trabalho de um treinador que chegou com estigma de azarado, mas que, respirando, vivendo e sentindo o Tricolor em suas veias 24 horas por dia, estabeleceu o nome São Paulo Futebol Clube entre os maiores do mundo.

Zetti, Vítor, Adílson, Ronaldão, Ronaldo Luís, Pintado, Toninho Cerezo, Dinho, Cafu, Palhinha, Müller, o capitão Raí e o Mestre Telê Santana eternizaram os próprios nomes e os símbolos tricolores ao vencerem o forte e então favorito Barcelona por 2 a 1 na decisão que mudou para sempre o patamar do futebol brasileiro no cenário internacional, reconquistando o lugar mais elevado nesse e em anos vindouros.

E tudo começou, naquela partida, com um susto e a ameaça de tudo ir por água baixo logo nos primeiros momentos. Aos 12 minutos de jogo, Stoichkov – o ídolo maior do time espanhol, abriu o marcador contra o Tricolor com um gol categórico, de fora da área ao ângulo da meta.

Porém, o time são-paulino não se abateu e pouco depois quase empatou com um forte chute de Cafu, também de fora da área, obrigando bela defesa de Zubizarreta – mostrando aos catalães que o Tricolor estava vivo na disputa. Mais que isso, a partir daquele momento passou a tomar conta do jogo e Ronaldo Luiz quase fez um gol espetacular, de muito longe, na lateral esquerda, aos 24 minutos.

O São Paulo era melhor e, três minutos depois, fez valer a superioridade em campo e empatou o placar após preciosa jogada de Müller, que deixou o adversário zonzo, e ao instinto de finalização de Raí:

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A partir de então o jogo tornou-se mais dinâmico e o Tricolor passou a ser ainda mais perigoso: Müller quase marcou um gol épico, encobrindo o goleiro adversário, que foi impedido pelo zagueiro embaixo do arco. O Barcelona tentava contra-atacar, mas Zetti garantia o resultado sob às traves. E quando a bola passou por ele, ao final da primeira etapa, lá estava Ronaldo Luiz, o santo da marca da cal, para salvar em cima da linha!

No período complementar, o São Paulo se sobrepujou ao Barcelona não somente tecnicamente, mas também fisicamente. Müller, Cafu e Vítor – os mais velozes –, destroçaram o desempenho dos defensores espanhóis. Zubizarreta, em quatro incríveis oportunidades, teve que se virar para impedir que o Tricolor desempatasse o resultado.

Aos 34 minutos, depois de Palhinha sofrer falta na entrada da área, não haveria nada mais que o arqueiro rival pudesse fazer. Raí pegou a bola para cobrar a falta. Cafu parou ao seu lado. Pintado chegou junto a eles e vibrou como se antevisse o que estava por vir. E então…

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Gol! Um golaço! No ângulo! Raí, com maestria colocou o São Paulo à frente do placar. E o goleiro nem se mexeu. O lance foi tão perfeito que sempre se imaginou que a jogada fora muito trabalhada, ensaiada em treinamentos…, mas não. Nunca havia acontecido. O próprio Raí não era de fazer muitos gols de falta. Mas ali era para ser. Era o destino.

O que se viu a seguir foi o camisa 10, em plena alegria, correr para o banco de reservas na tentativa de agradecer ao mestre, com carinho, por toda a jornada que haviam caminhados juntos até aquele momento de glória. Porém, os colegas tricolores reservas, em comemoração efusiva, invadiram o campo para lhe abraçar e o impediram de chegar até Telê, que sorria como um menino sentado no banco.

Como um sonho a se realizar, os minutos finais foram um misto de ansiedade inexorável e irrealismo: – Sim, seremos campeões do mundo! O árbitro vai apitar o fim do jogo e seremos campeões do mundo! Somos campeões do mundo!

Ao som da melhor música possível, o São Paulo sagrou-se campeão mundial! E isto, todos esses momentos marcantes, toda essa emoção, foi somente a primeira vez. 

 

FICHA DO JOGO

13.12.1992
Tóquio (Japão)
Estádio Nacional de Tóquio

Fútbol Club BARCELONA 1 X 2 SÃO PAULO Futebol Clube

FCB: Zubizarreta; Ferrer, Ronald Koeman, Guardiola e Eusébio; Bakero (Goicoechea, 6’/2), Amor, Stoichkov e Michael Laudrup; Richard Witschge e Beguiristain (Nadal, 34’/2). Técnico: Johan Cruyff.

Gol: Stoichkov, 12’/1.

SPFC: Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo (Dinho, 38’/2), Raí (capitão) e Cafu; Palhinha e Müller. Técnico: Telê Santana.

Gols: Raí, 27’/1; Raí, 34’/2.

Árbitro: Juan Carlos Loustau (Argentina)
Assistente 1: Park Hae Yong (Coréia do Sul)
Assistente 2: Shinichiro Obata (Japão)
Renda: US$ 2.500.000,00
Público: 60.000 pagantes

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