A CBV antecipou em algumas horas o duelo do São Paulo/Barueri com o Dentil Praia Clube. A partida será realizada às 14h desta quinta-feira (18), na Arena Praia, em Uberlândia, com transmissão ao vivo pelo SporTV 2. Novamente, a comissão técnica liderada pelo tricampeão olímpico José Roberto Guimarães apostará na profundidade de seu jovem e alto elenco. O Tricolor tem que vencer ou vencer para evitar a eliminação nas quartas de final da Superliga e forçar a terceira partida.
No jogo anterior, no domingo, quando o São Paulo perdia por 15 a 8, o auxiliar técnico Wagner Fernandes, o Wagão, fez uma inversão de 5-1, com Kenya e Kisy entrando nas posições de Lorrayna e Jacke. As duas suplentes, que haviam iniciado a temporada, no Campeonato Paulista, como titulares, estabilizaram o time e contribuíram para que ele crescesse muito. Ao final do jogo, a oposta constava como a maior pontuadora do time da casa, com 20 acertos, e Kenya, além de ter sido fundamental para driblar o bloqueio adversário, imprimindo grande velocidade, ainda anotou sete pontos, com bloqueios e ataques.
“Sempre que entro na inversão junto com a Kisy sabemos que será em situações difíceis! A concentração tem que está lá em cima e com isso temos que focar para ajudar o time. O frio na barriga sempre vem, acaba sendo inevitável”, diz a levantadora Kenya, que tem 1,85m.
O entrosamento da dupla vem de longe – Kisy e Kenya disputaram juntas o Mundial Sub-20 de 2019, em Aguascalientes, no México, competição em que o Brasil terminou na quinta colocação.
Kisy festeja a oportunidade de desenhar sua carreira com currículo nas seleções de base e se desenvolver no clube com mestres do quilate de Zé Roberto e Wagão. “Amo estar aqui em Barueri. Para mim vem sendo muito importante fazer essa transição de juvenil para adulto com profissionais tão experiente e incríveis”, diz a canhota, aos 21 anos.
Na avaliação de Kenya, a sobrevivência de Barueri na Superliga passa mesmo pela velocidade, uma marca que levou o técnico italiano Nicola Negro, do Itambé Minas, a apontar o São Paulo como o time mais moderno da competição. “Como o nosso time é muito jovem, o Zé confia que nosso melhor desempenho será com rapidez. Por isso, desde o começo da temporada treinamos para conseguir atingir a velocidade correta”, diz a levantadora, que depende do bom funcionamento da extraordinária linha de passe do Tricolor, formada por Nyeme, Maira e Karina.
Além da aposta no jogo rápido, Kenya aponta também a necessidade de a equipe reduzir o número de pontos cedidos ao adversário. “Tenho certeza de que, se entrarmos concentradas e minimizarmos os erros, conseguiremos forçar o terceiro jogo”.