Maior artilheiro na história do Tricolor, o ex-atacante Serginho
Chulapa completa 60 anos de idade nesta segunda-feira (23). Autor
de 242 gols pelo clube, o ex-jogador fez a alegria da torcida
são-paulina nas décadas de 70 e 80. Nesse período, conquistou o
Campeonato Brasileiro (1977), o Paulista (1975, 1980 e 1981) e
inúmeras histórias memoráveis.
Tinha uma empatia especial com a torcida porque sabia provocar
os adversários, quer com declarações fora de campo ou com atitudes
“consagradoras”. A torcida adorava a mistura do jogo eficiente com
o comportamento malandro. Tudo isso construído ao longo das 399
partidas pelo clube e, claro, com os incontáveis gols com a camisa
tricolor.
Era insuperável quando partia para o gol. Desengonçado, parecia
que ia cair, mas nunca caía. Recuperava o equilíbrio durante a
corrida e marcava. Era gol na certa. Usava os braços e o corpo
também com uma habilidade incrível. Bola na sua esquerda era gol,
na direita meio gol. Alto, fazia ainda muitos gols de cabeça. Era
bom também para bater faltas e pênaltis.
Todas essas qualidades fizeram de Serginho Chulapa o maior
goleador do São Paulo. E a carreira do ‘artilheiro indomável’
poderia ter sido ainda mais vitoriosa se uma suspensão de 14 meses
não o tivesse tirado da Copa do Mundo de 1978, disputada na
Argentina. Assim, somente quatro anos mais tarde, no Mundial de
1982, o camisa 9 pôde defender a Seleção Brasileira.
Os números sempre mostraram o quanto o ex-jogador era incrível.
Como se não bastasse ser o goleador do Tricolor, Chulapa também é o
maior artilheiro do clube no Campeonato Brasileiro (83 gols), em
competições oficiais (225 gols) e do Morumbi (135 gols). Além
disso, o retrospecto em clássicos também impressiona. Diante do
Corinthians, o atacante balançou as redes 15 vezes. Já contra o
Santos, clube que defenderia mais tarde, foram 21 tentos.