Idolatrado pelos torcedores, temido (e muito) pelos adversários,
Chicão atuou pelo Tricolor durante seis anos. Foi um dos líderes do
clube no período de 1973 a 1979, no qual o São Paulo conseguiu o
primeiro título nacional – e o volante, como capitão, foi o
responsável por erguer o troféu. Também faturou o título Paulista
de 1975.
A raça incomparável de Chicão apavorava os adversários. Era tão
forte e determinado que um problema crônico no nervo ciático mal o
atrapalhava em campo.
Também atuou pela Seleção Brasileira, e na Copa de 1978 houve um
fato curioso envolvendo o são-paulino. O técnico da equipe nacional
na época, Cláudio Coutinho, escalava o Brasil sem Chicão em “jogos
light” e com Chicão nos outros, mais duros.
Ainda na época da Copa, mais uma história curiosa. Um repórter
perguntou ao são-paulino se tinha sido difícil jogar na Argentina,
com a torcida jogando copos no gramado. Chicão respondeu: “Difícil
nada! Difícil é lá em Piracicaba (cidade natal do jogador), com os
caboclo tacando bloco”!
A última partida do jogador pelo clube aconteceu bem longe de
casa, no Estádio Municipal de Jeddah, na Arábia Saudita. Lá, o
Tricolor disputou um amistoso contra a Seleção local, que terminou
empatado em 1 a 1, gol são-paulino marcado por Neca.
Infelizmente, em oito de outubro de 2008, Chicão nos deixou,
vítima de câncer. Uma singela homenagem foi feita pelos
são-paulinos na partida contra o Vitória, dia 23 de outubro. Os
Tricolores entraram em campo vestindo a camisa 5 do Tricolor, como
o nome de Chicão.
Ficha técnica
Seleção da Arábia Saudita 1 x 1 São Paulo FC
São Paulo: Waldir Peres; Getúlio, Jaime,
Bezerra e Aírton (Antenor); Chicão, Darío Pereyra e Teodoro; Vilson
Tadei (Jaiminho), Neca e Zé Sérgio
Técnico: Mário Juliato
Gols: Neca (pelo São Paulo)
Árbitro: Mohamed Ber Issa (Arábia Saudita)
Chicão
Jogos disputados pelo clube: 317 (145 vitórias,
113 empates, 59 derrotas)
Estreia: 05/09/1973
Último jogo: 15/12/1979
Gols marcados no clube: 19