O São Paulo nos Jogos Olímpicos de 1968

O São Paulo nos Jogos Olímpicos de 1968

Calendário 12/08/2016 - 07:47

A Cidade do México recebeu os Jogos Olímpicos de Verão da XIX Olimpíada, em 1968. Pela primeira vez realizado na América Latina, o evento ocorreu entre 12 e 27 de outubro daquele ano. A altitude de 2.300 metros acima do nível do mar, na qual a capital do México está localizada, provocou efeitos drásticos nestes Jogos, prejudicando os competidores em provas de resistência e, ao contrário, beneficiando os atletas de modalidades curtas ou rápidas – o que levou a uma massiva quebra de recordes olímpicos e mundiais.

O quadro de medalhas das 20 modalidades disputadas apontou nova vitória dos Estados Unidos (45 ouros, 28 pratas, 34 bronzes, 107 no total). A União Soviética apareceu em segundo lugar (29 ouros, 32 pratas, 30 bronzes, 91 medalhas no total). O país-sede da Olimpíada anterior repetiu o terceiro lugar (com 11 ouros, 7 pratas, 7 bronzes e 25 pódios no total).

O Brasil, com uma delegação formada por 84 atletas (81 homens e apenas 3 mulheres), conquistou três medalhas: uma de prata (Nelson Prudêncio, no salto triplo) e duas de bronze (Servílio de Oliveira, no boxe; e com a dupla Reinaldo Conrad e Bukhard Cordes, na vela), terminando no 35º lugar na classificação geral, como em 1964.

O São Paulo Futebol Clube, desta vez, enviou dois atletas aos Jogos Olímpicos: Cláudio Deodato e Toninho – mais conhecido como Toninho II –, ambos no futebol. Pela primeira vez, desde 1948, o clube não enviou nenhum treinador para o evento.

 

CLÁUDIO DEODATO

claudio-deodato

Cláudio Norberto Deodato
São Paulo (SP), 27 de agosto de 1947
Rio de Janeiro (RJ), 11 de setembro de 2011

Lateral-direito revelado pelas categorias de base do clube, Cláudio desde cedo foi chamado a seleções: primeiramente, para a Seleção Paulista, depois, para a própria Seleção Brasileira, ambas na categoria “novos” (equivalente hoje ao sub-20/23).

No Tricolor, Cláudio permaneceu por quase uma década, praticamente sempre na reserva de De Sordi, Deleu, Renato ou Forlán. Por isso, fez somente 81 jogos pela equipe e não marcou gols. Passou a ser chamado também pelo sobrenome quando o São Paulo contratou o goleiro da Portuguesa Santista Cláudio Cortegiano.

Profissionalizado em 1969, após os Jogos Olímpicos em que tomou parte, estava no elenco são-paulino campeão paulista de 1970, mas não chegou a jogar. Depois foi emprestado ao Náutico em 1971, ao Atlético Paranaense e ao Vitória em 1972. Voltou ao clube de Curitiba em novo empréstimo em 1973. Em 1975, o time de Salvador adquiriu o passe de Cláudio.

Depois de se aposentar, Cláudio trabalhou em uma rede de supermercados. Faleceu em 2011, vítima de infarto aos 64 anos de idade.

Participação nos Jogos Olímpicos

Futebol: 16 seleções participantes em 4 grupos

14/10/1968 – Primeira fase: Grupo B

Brasil 0 x 1 Espanha
Reserva: não jogou esta partida.

16/10/1968 – Primeira fase: Grupo B

Brasil 1 x 1 Japão
Jogou os 90 minutos usando a camisa 13. Aparentemente jogou na lateral esquerda, pois Miguel, do Olaria, atuou na direita.  

18/10/1968 – Primeira fase: Grupo B

Brasil 3 x 3 Nigéria
Jogou os 90 minutos usando a camisa 13. Novamente lateral-esquerdo.  

Classificação final do Grupo B:

1º Espanha: 5 pontos, 2 vitórias, 1 empate, 4 gols marcados, 0 sofridos. Classificada.
2º Japão: 4 pontos, 1 vitória, 2 empates, 4 gols marcados, 2 sofridos. Classificado.
3º Brasil: 2 pontos, 2 empates, 1 derrota, 4 gols marcados, 5 sofridos.
4º Nigéria: 1 ponto, 1 empate, 2 derrotas, 4 gols marcados, 9 sofridos.

Medalhistas:

Ouro: Hungria
Prata: Bulgária
Bronze: Japão

 

TONINHO II

toninho-segundo

Antônio Pedro de Jesus
Neves Paulista (SP), 26 de julho de 1947

Certo dia, em 1960, o senhor João de Jesus, levou o seu pequeno filho Antônio para uma peneira do São Paulo, no Morumbi. Para surpresa do pai coruja, Toninho foi aprovado e assim, desde os 13 anos de idade, Antônio Pedro de Jesus era atleta são-paulino, sempre como ponta-esquerda.

Campeão Paulista Juvenil em 1964, Toninho só subiu ao time profissional quatro anos depois, em 1968, sendo, pouco tempo depois, emprestado ao Paulista de Jundiaí. Pelo Tricolor, fez 64 partidas e marcou um gol – o gol que abriu o placar na goleada de 4 a 0 sobre o Cerro Porteño, pela Copa Libertadores de 1972.

Como Deodato, fez parte do elenco campeão paulista de 1970, sem, contudo, atuar uma partida sequer. Já em 1971, fez seis jogos, sagrando-se campeão estadual pelo Tricolor. Era chamado de Toninho II pois, o primeiro, por assim dizer, era Toninho Guerreiro, centroavante ex-Santos.

Após deixar o clube do Morumbi fez carreira por América, Saad, Noroeste, Ferroviária e Bahia, onde se aposentou em 1978, por causa de uma contusão no joelho. Hoje reside na cidade em que nasceu e é formado em Educação Física.

Participação nos Jogos Olímpicos

Futebol: 16 seleções participantes em 4 grupos

14/10/1968 – Primeira fase: Grupo B

Brasil 0 x 1 Espanha
Titular, jogou os 90 minutos usando a camisa 11.

16/10/1968 – Primeira fase: Grupo B

Brasil 1 x 1 Japão
Titular, jogou os 90 minutos usando a camisa 11. Não marcou gol.

18/10/1968 – Primeira fase: Grupo B

Brasil 3 x 3 Nigéria
Titular, jogou os 90 minutos usando a camisa 11. Não marcou gol.

Classificação final do Grupo B:

1º Espanha: 5 pontos, 2 vitórias, 1 empate, 4 gols marcados, 0 sofridos. Classificada.
2º Japão: 4 pontos, 1 vitória, 2 empates, 4 gols marcados, 2 sofridos. Classificado.
3º Brasil: 2 pontos, 2 empates, 1 derrota, 4 gols marcados, 5 sofridos.
4º Nigéria: 1 ponto, 1 empate, 2 derrotas, 4 gols marcados, 9 sofridos.

Medalhistas:

Ouro: Hungria
Prata: Bulgária
Bronze: Japão

 

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