O São Paulo na Copa do Mundo de 1998

O São Paulo na Copa do Mundo de 1998

Calendário 10/07/2014 - 08:44

A Copa do Mundo de 1998, realizada na França, foi a primeira a
contar com 32 equipes, divididas em 8 grupos, na fase principal.
Novidade também foi o fato de não haver mais sedes fixas: todos os
times teriam que viajar pelo país anfitrião desde o primeiro
jogo.

Outras mudanças no regulamento iam da implementação do gol de
ouro (ou morte súbita) nas prorrogações dos jogos, ao aumento do
número de substituições permitidas (de duas, para três).

174 seleções nacionais se inscreveram para a disputa das 30
vagas oferecidas nas eliminatórias da Copa. Não houve grande
surpresas entre as excluídas nessa fase. As equipes estreantes, bem
sucedidas na classificatória, foram África do Sul, Croácia, Jamaica
e Japão. As três últimas, curiosamente, caíram em um mesmo grupo da
fase principal.

A Croácia, por sinal, foi a maior surpresa do torneio: Avançou
às oitavas como segunda colocada do grupo, eliminou depois Romênia
e Alemanha e só caiu, nas semifinais, para os futuros campeões da
França, de virada. Terminaram na terceira colocação geral, contando
ainda com o artilheiro do torneio: Suker. Outro fato bem inesperado
foi a eliminação, logo na fase inicial, de Espanha e Bulgária, para
Nigéria e Paraguai, no Grupo D.

O Brasil era o maior favorito à conquista do título. A Seleção
Brasileira havia vencido, pouco antes, a Copa América e a Copa das
Confederações. Mas o caminho até a final não foi fácil. O time
brasileiro, ainda na primeira fase, perdeu para a Noruega, por 2 a
1 (em toda a história, o Brasil nunca conseguiu vencer os
noruegueses). Na semifinal, somente superou a Holanda nos pênaltis,
após empate em um gol.

Na decisão, pouco antes da partida, o atacante Ronaldo sofreu
uma convulsão e foi hospitalizado. Edmundo chegou a ser anunciado
como titular, no lugar do camisa 9, na escalação enviada à mídia.
Contudo, o técnico Zagallo voltou atrás e enviou Ronaldo ao campo.
A França impiedosamente venceu o Brasil por 3 a 0, com dois gols de
Zidane, e sagrou-se campeã do mundo pela primeira vez.

 

OS SÃO-PAULINOS

Na França, os tricolores vice-campeões mundiais foram Denílson e
Zé Carlos. O São Paulo contou ainda com Aristizábal, na Seleção da
Colômbia.

Denílson, jovem promessa do futebol cuja transferência para o
Bétis, da Espanha, renderia valores recordes, esteve em campo nos
sete jogos do Brasil vestindo a camisa 19 (foi titular somente
contra a Noruega). Pelo Tricolor foram 192 jogos e 26 gols. Ele foi
ainda campeão da Copa Conmebol de 1994, da Master Conmebol de 1996
e Paulista de 1998.

Zé Carlos foi uma “revelação” tardia do futebol nacional que
alcançou o ápice da carreira ao disputar a semifinal da Copa contra
a Holanda, a única partida do camisa 13 na competição. Após passar
pela segunda divisão paulista, onde jogava na Matonense, Zé Carlos
foi campeão paulista de 1998 pelo São Paulo, chamando a atenção de
Zagallo, que o convocou à Copa para substituir Flávio Conceição,
que fora cortado por contusão. No Tricolor, o lateral teve 72 jogos
e 2 gols.

O colombiano Aristizábal infernizou as defesas adversárias do
Tricolor no final dos anos 90, ao lado de França e Dodô. As
atuações dele levaram-no à Copa do Mundo da França, onde esteve em
campo, com a camisa nº 15, nas três partidas que a Colômbia tomou
parte, mas somente na derrota para a Romênia, por 1 a 0, foi
titular. Na vitória contra a Tunísia, por 1 a 0, e na derrota para
a Inglaterra, por 2 a 0, o atacante entrou no decorrer da partida,
no segundo tempo, não chegando a marcar gols. No grupo “G” da
competição, a Colômbia terminou em terceiro lugar, atrás de Romênia
e Inglaterra, sendo assim eliminada. Aristizábal, depois da Copa,
deixou o Tricolor, onde fez 37 gols em 79 jogos, e passou a atuar
no Santos.

O São Paulo poderia ter contato com outro jogador defendendo a
Seleção no torneio realizado na França. Márcio Santos foi convocado
por Zagallo para competição, mas foi cortado, posteriormente,
devido a uma contusão, sendo chamado, no lugar dele, André
Cruz.

Outros jogadores que tiveram passagem pelo Tricolor, naquela
Copa do Mundo de 1998: Leonardo, então atleta do Milan; Cafu, da
Roma; Junior Baiano, do Flamengo; e Doriva, do Porto.

 

A CAMPANHA

Primeira fase

  • 10/06 – Saint-Denis – Brasil 2×1 Escócia, gols de César Sampaio
    e Boyd (contra);
  • 16/06 – Nantes – Brasil 3×0 Marrocos, gols Ronaldo, Rivaldo e
    Bebeto;
  • 23/06 – Marseille – Brasil 1×2 Noruega, gol de Bebeto;

Oitavas de final

  • 27/06 – Paris – Brasil 4×1 Chile, gols de César Sampaio (2) e
    Ronaldo (2);

Quartas de final

  • 03/07 – Nantes – Brasil 3×2 Dinamarca, gols de Bebeto e Rivaldo
    (2);

Semifinal

  • 07/07 – Marseille – Brasil 1×1 Holanda (4×2 nos pênaltis), gol
    de Ronaldo;

Final

  • 12/07 – Saint-Denis – Brasil 0x3 França.

 

OS INSCRITOS

  • Goleiros: Taffarel (Atlético Mineiro), Dida (Cruzeiro) e Carlos
    Germano (Vasco da Gama);
  • Defensores: Aldair (Roma), André Cruz (Milan), Zé Carlos (São
    Paulo), Zé Roberto (Flamengo), Gonçalves (Botafogo), Cafu (Roma),
    Junior Baiano (Flamengo) e Roberto Carlos (Real Madrid);
  • Meio-campistas: Dunga (Júbilo Iwata), César Sampaio (Yokohama
    Flügels), Doriva (Porto), Emerson (Bayer Leverkusen), Giovanni
    (Barcelona), Leonardo (Milan) e Rivaldo (Barcelona);
  • Atacantes: Denílson (São Paulo), Edmundo (Fiorentina), Bebeto
    (Botafogo) e Ronaldo (Internazionale).

 

FICARAM DE FORA

Cortados por contusão (não houve lista de 40 nomes)

  • Márcio Santos (São Paulo, substituído por André Cruz), Flávio
    Conceição (La Coruña, substituído por Zé Carlos) e Romário
    (Flamengo, substituído por Emerson).
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