A décima edição da Copa do Mundo foi realizada na Alemanha
Ocidental, em 1974. Um total de 99 seleções se inscreveram para a
disputa das 14 vagas oferecidas nas Eliminatórias (Brasil, então
campeão, e o país sede já estavam garantidos no torneio).
As seleções da Austrália, do Haiti, do Zaire e da Alemanha
Oriental estrearam em Copas do Mundo nesse ano. Curiosamente, foi a
única participação da Alemanha comunista no torneio, justamente
quando fora realizado no país irmão, capitalista.
As surpresas das Eliminatórias foram a eliminação da Inglaterra,
perdendo a vaga para a Polônia; da Espanha, excluída pela
Iugoslávia; e a Tchecoslováquia, derrotada pela Escócia; além do
México, anfitrião da Copa anterior, surpreendido pelo Haiti. A
União Soviética desistiu da repescagem contra o Chile devido a
implicações políticas relativas ao golpe de Pinochet, ocorrido um
ano antes.
A grande surpresa desse campeonato foi a seleção da Holanda,
que, sob comando de Rinus Michels, ficou conhecida como “Laranja
Mecânica” e “Carrossel Holandês”, tomando por base jogadores do
Ajax, campeão mundial de 1972, e do Feyenoord, campeão mundial de
1970. Contudo, os holandeses não foram páreos, na final, para os
donos da casa, que venceram por 2 a 1, garantindo o título da Copa
do Mundo para a Alemanha, a segunda dos germânicos.
Sem os principais jogadores da Copa do Mundo do México (Pelé,
por exemplo, se aposentou da seleção em 1971), o Brasil já não era
mais o mesmo, jogando um futebol ostensivamente defensivo. Empatou
os dois primeiros jogos da primeira fase em 0 a 0 e se classificou
por causa de saldo de gols obtido contra o novato Zaire. A Escócia,
concorrente, acabou sendo eliminada, mas invicta. Na fase final,
caiu frente a Holanda. Desacreditado, ainda perdeu a decisão do
terceiro lugar para a Polônia.
Para a Copa de 1974, o regulamento foi alterado. A fase final
seria composta por dois grupos de quatro equipes, no lugar dos
tradicionais jogos eliminatórios. Fato que talvez tenha motivado a
estranha derrota da Alemanha Ocidental para a Oriental, por 1 a 0:
com o resultado, a seleção ocidental escapava do grupo do com
Brasil e Holanda, na segunda fase, facilitando o caminho até a
final.
OS TRICOLORES BRASILEIROS
Waldir Peres foi o primeiro goleiro tricolor a participar de uma
Copa do Mundo. Não bastasse isso, disputou três consecutivas, 1974,
1978 e 1982. Mas na primeira edição em que tomou parte não entrou
em campo em nenhum jogo, permanecendo no banco de reservas, com a
camisa nº 22.
Em verdade, Waldir Peres contou com a contusões de Félix, para
fazer parte da lista inicial de 40 nomes da Seleção, e de Wendell,
para ser inscrito na lista final de 22 jogadores. Por fim, ao lado
do segundo homem que mais vestiu a camisa do São Paulo na história
(com 617 jogos) esteve, naquela edição de 1974, o atacante
Mirandinha.
Sebastião Miranda Silva Filho participou de 4 jogos daquela Copa
do Mundo, utilizando a camisa nº 19 (contra a Escócia, como
titular, Zaire, Holanda e Polônia, como substituto) e não marcou
gol. Curiosamente, ele também havia sido convocado para reposição
de um jogador cortado por contusão, no caso, Clodoaldo.
Mirandinha fez 103 jogos com a camisa do São Paulo e marcou 51
gols. Teve a carreira tragicamente marcada por uma grave fratura em
uma partida contra o América de São José do Rio Preto. Ainda assim,
foi campeão brasileiro de 1977 e paulista de 1975, pelo
Tricolor.
Além dos dois são-paulinos que foram à Alemanha, o São Paulo
contou com outros dois jogadores na lista de espera convocada pela
Seleção Brasileira: Gilberto Sorriso e Chicão, que, contudo, não
tiveram chances de participação.
OS TRICOLORES URUGUAIOS
Pela primeira vez na história, o São Paulo forneceu jogadores
para outra seleção, em Copa do Mundo, que não a brasileira: Pedro
Rocha e Pablo Forlán. A dupla uruguaia consagrada no Tricolor dos
anos 70 chegou no Mundial da Alemanha com a responsabilidade de
defender um país cabeça de chave da competição.
Forlán, que já havia disputado a Copa de 1966, atuou com a
camisa de número 4 às costas, e Pedro Rocha, veterano na maior
competição da FIFA, participou de sua quarta edição (jogou também
em 1962, 1966 e 1970), levando a camisa 10.
Ambos os jogadores participaram de todos os jogos do Uruguai na
Copa. Pena que a seleção oriental não foi muito adiante, caindo
ainda na primeira fase da disputa. Dos três jogos realizados,
somaram somente um ponto no empate com a Bulgária (1×1, gol de
Pavoni). Perderam para a Holanda (0x2), sensação, e Suécia
(0x3).
Forlán permaneceu no Tricolor até 1975 e o Verdugo foi três anos
mais além, até 1978.
A CAMPANHA DO BRASIL
Primeira fase
Segunda fase
3º & 4º lugares
A CAMPANHA DO URUGUAI
Primeira fase
A DELEGAÇÃO BRASILEIRA
OS INSCRITOS PELO BRASIL
FICARAM FORA DA SELEÇÃO BRASILEIRA
Lista de espera:
Pré-Convocações: