A Copa do Mundo de 1966 foi a primeira e única realizada no país
criador do futebol, a Inglaterra. A FIFA escolheu esse país como
sede em homenagem ao centenário da FA (The Football Association, a
federação local e mais antiga seleção do esporte), ocorrido em
1963. Foi também a única vez que o time inglês se sagrou campeão,
após a vitória em cima da Alemanha Ocidental, na prorrogação e com
um gol polêmico que não teria atravessado a linha final.
Apesar do boicote de 16 países africanos, descontentes por não
possuírem vaga direta à fase final da competição, as Eliminatórias
da Copa tiveram número recorde de participantes: 70. Com
participação garantida, por ter sido o campeão do torneio anterior,
o Brasil era favorito para conquistar o tricampeonato, mas jogando
muito abaixo do esperado, o time não passou nem da primeira fase,
caindo novamente para a carrasca Hungria e para Portugal, de
Eusébio.
Outra seleção que decepcionou o mundo, naquela ocasião, foi a
Itália, também eliminada na primeira fase, tendo perdido para a
Coréia do Norte, por 1 a 0, uma das partidas. A seleção asiática
caiu nas quartas de final, ao lado de Argentina, Uruguai e Hungria.
Inglaterra e Alemanha Ocidental chegaram à decisão depois de
vencerem, respectivamente, o time português e a seleção soviética,
por 2 a 1, nas semifinais.
OS SÃO-PAULINOS
Os jogadores tricolores que tomaram parte naquela edição foram
Bellini e Paraná. O experiente zagueiro participava da terceira
Copa do Mundo dele, agora com a camisa 4. Bellini entrou em campo
nos dois primeiros jogos: vitória por 2 a 0 contra Bulgária e
derrota por 3 a 1 para a Hungria.
Vestindo a camisa 21, o ponta Paraná somente participou do
último jogo da Seleção na Copa de 66, a derrota para Portugal, por
3 a 1. Aguerrido, foi um dos poucos que não decepcionou naquele
torneio. Pelo Tricolor fez 395 jogos e 41 gols, além de ter sido
campeão paulista em 1970 e 1971.
Vicente Feola, treinador da Seleção Brasileira campeã do mundo
em 1958 e que esteve em 1961 por problemas de saúde, voltou ao
comando da equipe em 1966. Mas sem o trabalho e parceria de outro
são-paulino famoso, Paulo Machado de Carvalho (que fora chefe da
delegação nas duas copas anteriores), Feola não obteve o mesmo
sucesso de antes.
O processo seletivo de convocação, por exemplo, foi tumultuado.
Um dirigente da CBD teria dito que haviam poucos jogadores do
Corinthians relacionados e sugerido a convocação de Ditão. Na hora
de pôr os dados a limpo e enviá-los para a FIFA, alguém se
confundiu e inscreveu outro jogador chamado Ditão, este do
Flamengo. A CBD preferiu não corregir o erro e deixar por isso
mesmo.
Nessa lista de 40 nomes, repassada à FIFA, ficaram na espera os
são-paulinos Roberto Dias, zagueiro, e Fefeu, meio-campista. Fábio,
goleiro do Tricolor, fora listado em pré-convocações, mas não tomou
parte na relação final desses 40 jogadores.
A CAMPANHA
Primeira fase
A DELEGAÇÃO
OS INSCRITOS
FICARAM DE FORA
Lista de espera:
Pré-convocação: