Depois de doze anos e duas Copas seguidas no continente europeu, o principal torneio de futebol do mundo voltou a ser realizado na América. Em 1956, entre Argentina e Chile como opções, a FIFA escolheu esse último país para sediar o campeonato. A escolha foi muito criticada pois diziam que o país não tinha condições de receber o evento.
O brasileiro naturalizado chileno, Carlos Dittborn, presidente da Conmebol, chefiou a comissão local dos preparativos para a Copa, expandindo o Estádio Nacional e construindo o de Viña del Mar. É dele a famosa frase: “Por não termos nada, faremos tudo”. Foi realmente preciso começar quase do zero. Em março de 1960, com o maior terremoto que se tem registro em toda a história (9.5 pontos na escala Richter, com devastações também nas Filipinas, Japão e Estados Unidos em decorrência de tsunami), o Chile foi arrasado. 5 mil pessoas morreram e uma em cada quatro estavam desabrigadas.
Após grande mobilização nacional e obras construídas em tempo recorde, a Copa do Mundo pôde ser realizada no Chile. Dittborn, um dos maiores responsáveis, contudo, não chegou a assisti-la: morreu um mês antes da abertura devido a um ataque cardíaco.
OS SÃO PAULINOS
Entre março e abril de 1962, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos), divulgou a convocação com a lista de 40 nomes enviados a FIFA. Nessa relação constavam cinco jogadores do Tricolor: Bellini, zagueiro; Jurandyr e De Sordi, também defensores; Benê, meia-ofensivo e o atacante Prado.
O veterano De Sordi, Benê e Prado não foram selecionados para a relação final de 22 jogadores inscritos na competição. Bellini foi inscrito com a camisa 13 e Jurandyr com a 14.
Bellini, que ergueu a Copa do Mundo pela primeira vez na história (quando era jogador do Vasco da Gama, em 1958), chegou ao São Paulo em março de 1962. Pelo Tricolor disputou 214 jogos e marcou um gol. Em época de vacas magras pela construção do Morumbi, o capitão não chegou a conquistar título algum de expressão pelo clube.
Ao lado de Bellini, o defensor Jurandyr também esteve presente naquele torneio realizado no Chile como atleta são-paulino. Também novato no clube (chegou em fevereiro daquele ano), o defensor fez 419 partidas pelo time, sem marcar gol. Com melhor sorte que o companheiro, Jurandyr ainda foi campeão paulista de 1970 e 1971.
Nenhum dos dois tricolores, entretanto, chegou a entrar em campo nessa edição da Copa do Mundo. Mauro, ex são-paulino, era titular absoluto da defesa da Seleção Brasileira, assim como o jogador Djalma Santos.
O comando da Seleção Brasileira coube, mais uma vez, a dois são-paulinos. A delegação foi chefiada pelo Marechal da Vitória, Paulo Machado de Carvalho, dirigente que foi, também, duas vezes presidente do São Paulo. Já a chefia técnica ficou a cargo de Aimoré Moreira, pois Vicente Feola, o técnico do primeiro título, estava doente e sem condições de assumir essa responsabilidade. Aimoré, quando assumiu a chefia do time brasileiro, era técnico do Tricolor e manteve contrato com o clube para depois da competição mundial.
Porém, os processos de convocações e cortes de jogadores minaram o relacionamento do treinador com a diretoria do São Paulo. Dos cinco atletas pré-relacionados para a Copa, somente dois foram para o evento. E os dois não fizeram nenhuma partida. Assim, terminado o torneio, no dia 1º de julho, dirigentes e treinador romperam contrato.
A CAMPANHA
Primeira fase
Quartas de final
Semifinal
Final
A DELEGAÇÃO
OS INSCRITOS
FICARAM DE FORA
Lista de espera
Cortados na pré-convocação