No dia 7 de dezembro de 2008, há sete anos, o São Paulo sagrou-se hexacampeão brasileiro – o primeiro da história da competição, criada em 1971 – ao derrotar o Goiás por 1 a 0, em Brasília, com gol de Borges.
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Com a conquista, o Tricolor também conseguiu outro feito inédito: um tricampeonato consecutivo. De 2006 a 2008, nenhum outro time foi melhor que o dos são-paulinos Alex Silva, Aloísio, André Dias, Bosco, Junior, Miranda, Reasco, Richarlyson e Rogério Ceni: os únicos jogadores presentes nas três temporadas vitoriosas.
O título, como nos anos anteriores, nasceu de um infeliz insucesso na Copa Libertadores. O time são-paulino havia sido eliminado da competição sul-americana no último minuto de jogo pelo Fluminense, no Maracanã. De quebra, além do baque da derrota, Adriano, o Imperador, que liderou o ataque tricolor no primeiro semestre, retornou de empréstimo para Milão.
No início do segundo turno, o São Paulo se encontrava em quinto lugar na classificação geral, com 33 pontos – 11 atrás do líder Grêmio – e já somava cinco derrotas no torneio (número maior que todas as sofridas nas edições de 2006, quatro, e 2007, três): sendo duas justamente o clube gaúcho na ponta da tabela. Favas contadas para a imprensa. A mídia especializada, naquele momento, estampava manchetes em letras garrafais: “O São Paulo tem só 1% de chances de ser campeão”
Era essa a probabilidade de título que matemáticos e estatísticos apontavam ao Tricolor de Muricy Ramalho e companhia. Foi, talvez, a motivação que faltava para a arrancada final: uma série de 18 jogos invictos – recorde do clube até hoje. Não perdendo novamente até o fim do torneio.
Porém, a jornada não foi nada tranquila. Faltando dez rodadas para o fim do campeonato, o São Paulo ainda estava na mesma quinta colocação na classificação geral. Os bons resultados continuaram, contudo: 1 a 0 no Náutico, em casa, um belo empate (2 a 2) contra o Palmeiras fora de casa, um 2 a 1 no Vitória, no Morumbi e o espetacular triunfo sobre o Botafogo, no Engenhão, por 2 a 1 (gols de Jean e Hernanes), que deixou o Tricolor empatado com o Grêmio na primeira posição do campeonato, com 59 pontos.
Na 33ª rodada, o São Paulo bateu o Internacional por 3 a 0 – gols de Borges, Dagoberto e Hugo, enquanto que o Grêmio empatou, em casa, com o Figueirense em 1 a 1. O Tricolor, enfim, era o líder do campeonato. No jogo seguinte, contra a Portuguesa no Canindé, uma inesquecível atuação de Borges – que marcou três gols: o último deles, o da vitória por 3 a 2, aos 42 minutos do segundo tempo, após aproveitar o cabeceio de Zé Luis – e a sorte de campeão mostravam a todos que o São Paulo chegara à primeira colocação para não mais sair.
O título poderia ter sido obtido no Morumbi, lotado, contra o algoz Fluminense na penúltima rodada, mas o empate em 1 a 1 postergou a conquista para o jogo contra o Goiás, em Brasília. Justa emoção para um campeonato imprevisível.
Podendo até mesmo empatar para assegurar a conquista, o Tricolor, contudo, não deu chances ao acaso e venceu o time esmeraldino por 1 a 0, mais uma vez com gol de Borges – dessa vez aproveitando o chute de Hugo, originado no rebote de Harlei após cobrança de falta de Rogério Ceni – aos 22 minutos do primeiro tempo.
O resultado coroou o time são-paulino. Aquele mesmo que só tinha 1% de chances de ser campeão! Na verdade, muito mais do que campeão: Tri-Hexacampeão Brasileiro (1977-1986-1991; 2006-2007-2008)!
07.12.2008
Gama (DF)
Estádio Valmir Campelo Bezerra (Bezerrão)
GOIÁS Esporte Clube 0 X 1 SÃO PAULO Futebol Clube
SPFC: Rogério Ceni/capitão; André Dias, Rodrigo
e Miranda; Joilson (Jancarlos), Richarlyson, Hernanes, Hugo e Jorge
Wagner; Dagoberto (Bruno) e Borges (André Lima). Técnico: Muricy
Ramalho
Gol: Borges, 22′/1º tempo
GEC: Harlei; Henrique Santos, Rafael Marques e Ernando; Vítor, Leandro Fahel (Romerito), Ramalho, Paulo Baier, Júlio César (Adriano) e Thiago Feltri; Fausto (Alex Terra). Técnico: Hélio dos Anjos.
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas
Renda: R$ 1.662.000,00
Público: 18.093 pagantes