Não era apenas mais um jogo, era a grande decisão do Mundial de
1992. Apesar de estar em um lugar atípico aos Brasileiros, tudo foi
planejado para dar certo. O São Paulo já conhecia muito bem o rival
da grande partida e já tinha conquistado a primeira vitória no
amistoso pré-mundial contra o “touro espanhol”, Barcelona.
“Quando chegamos ao Estádio, até me surpreendi com minha emoção.
Jogar uma decisão de Mundial é demais. Pisamos no gramado para o
pré-aquecimento e me arrepiei. Soltei um grito, seguido de outro,
exatamente igual, do Pintado. Os espanhóis, que também se aqueciam,
estranharam nossa reação”, conta Raí sobre a partida.
A seleção de Telê estava pronta para a grande final. Voltaram ao
vestiário após um breve aquecimento, reuniram-se novamente e o
capitão se pronunciou: “A condição técnica e física do Barcelona
pode ser igual à nossa, mas com certeza não possuem a mesma união,
nem a mesma vontade de vencer.”
A partida foi iniciada com o apito do árbitro argentino Juan
Carlos Loustau. Contagiando os companheiros, em sua primeira posse
de bola em jogo, Raí lançou um chapéu em um zagueiro espanhol. Aos
doze minutos de partida, o primeiro gol foi marcado pelo Barcelona.
O Tricolor reagiu.
Após toque e drible de Müller para Raí, o craque marcou o gol
com a barriga. Depois de novas emoções em campo e defesas na “cara
do gol” por parte dos nossos craques, nos últimos minutos de jogo,
veio a oportunidade de desempate. Em uma cobrança de falta, Raí
tocou para Cafu, que ajeitou o passe, devolveu para o capitão e
saiu o gol que consagrou a vitória Tricolor.
O Navio Tricolor
Faz 20 anos do grito de guerra de Raí e de seus companheiros que
assustaram o adversário Barcelona. Reviver essa mesma emoção será
possível ao lado de torcedores e ex-craques, a bordo do Navio
Tricolor, cruzeiro temático dia 19 de abril que terá direito até a
um jogo amistoso dos “Amigos do Raí” contra os “Amigos do Careca”.
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