“Fiz questão de agradecer a todos os jogadores pela vitória. O dia 29 de julho de 2017 ficará marcado na história”. As palavras de Hernanes resumem como foi o épico confronto entre Botafogo e São Paulo no último sábado (29), no Rio de Janeiro, válido pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2017. Com uma virada memorável, o Tricolor bateu os cariocas por 4 a 3 na reestreia do Profeta pelo clube.
“Conversei com os companheiros que merecíamos a vitória. Jogamos mais que o Botafogo, que atuou no contra-ataque. Mas a vitória só veio porque trabalhamos muito bem durante a semana, atentos ao comando do Dorival. A preparação fez toda a diferença. Não acreditava na virada não, mas pensava que poderíamos empatar. A gente não podia perder esse jogo. A gente fez tudo certo, jogando bem, criamos chances no primeiro tempo. Não estava aceitando a derrota. A vitória veio. Parabéns ao Marcos Guilherme, que teve uma estreia sensacional”, disse o camisa 15.
O jogador também falou sobre a volta para o São Paulo, onde começou a carreira e foi bicampeão brasileiro em 2007 e 2008. “Sou um dos poucos jogadores a jogar na Europa, na Ásia e no Brasil no mesmo ano. Há dez dias, estava na China. O que é legal é que ninguém sabia o quanto eu estava esperando por uma oportunidade para dar a volta por cima. Por isso o futebol é incrível. Não tenho como definir a minha reestreia pelo São Paulo”, disse o Profeta, que completou.
“Sem dúvida, havia a desconfiança. O momento do São Paulo não era legal. E quem via a minha situação pensava que estava chegando no fim da carreira. Digo em alto e bom som que isso não acontece. Estou trabalhando para surpreender a mim mesmo e aqueles que duvidavam de mim. Foi um jogo especial”, completou Hernanes, que diante dos cariocas anotou o seu centésimo gol na carreira, sendo 39 pelo Tricolor.
“Para ser sincero, não era um objetivo entrar e marcar gol. Em uma semana, com tanta coisa que aconteceu, procurei estar tranquilo e concentrado para ajudar a equipe. O gol veio como uma cereja em cima da torta. Estava pensando que teria que me adaptar a tudo rapidamente. Pensei que fosse sofrer mais, mas consegui chegar até o final da partida. Marcar um gol aos 40 minutos do segundo tempo mostra que eu ainda tinha energia para ajudar o time”, ressaltou o armador são-paulino, que por iniciativa de Lucas Pratto foi o capitão da equipe no Engenhão.
“Isso mostra toda a receptividade que tive dos colegas e da comissão técnica. Não esperava isso. Me sinto em débito comigo mesmo porque ainda não atingi os objetivos que queria. Só tinha sido capitão uma vez. Quase falei que não, mas não podia recusar a responsabilidade que me deram”, finalizou o meio-campista Tricolor, que retornou ao clube após sete anos no futebol internacional com passagens por Itália e China.