O capitão!

O capitão!

Calendário 4/11/2014 - 18:17

Apesar de já ter sido reconhecido até pelo o Guinness World
Records – Officially Amazing como o atleta que mais vezes foi
capitão de sua equipe, não são os números que mostram a liderança
do goleiro Rogério Ceni. Exemplo para os mais jovens e referência
para os companheiros dentro e fora de campo, o M1TO sempre se
destacou por sua postura profissional.

A primeira experiência do camisa 01 com a braçadeira foi em
1994, no dia 14 de agosto, no empate sem gols com o Paysandu pelo
Campeonato Brasileiro, no Mangueirão, atuando pelo ‘Expressinho’
comandado pelo técnico Telê Santana. Naquela época, quando o
arqueiro ainda era o substituto de Zetti, o capitão do time
são-paulino era justamente o goleiro titular.

Aos poucos, sempre demonstrando comprometimento e espírito
vencedor, Rogério foi conquistando o seu espaço no São Paulo e pôde
exercer a sua fundamental liderança. Então, em 2001, o atleta
assumiu definitivamente o posto de capitão tricolor e desde então
participou efetivamente de grandes conquistas e ergueu inúmeras
taças.

Entre os memoráveis troféus erguidos pelo M1TO, os da
Libertadores da América e do Mundial, ambos em 2005, e os do
Tricampeonato Brasileiro, em 2006, 2007 e 2008 estão certamente
entre os mais festejados pela torcida são-paulina. O último
expressivo levantado pelo arqueiro foi em 2012, quando o clube
conquistou de forma invicta a Copa Sul-Americana.

Até aqui, sendo 917 em jogos de competição e reconhecidos pelo
Guinness, Rogério foi o dono da braçadeira em 929 dos seus 1176
partidas pelo Tricolor. Recentemente, ressaltando cada vez mais o
seu trabalho irretocável, Ceni já projeta a temporada 2015. Como
irá pendurar as luvas no final da temporada, o goleiro tem dividido
a sua liderança com os companheiros.

Diferentemente do que sempre acontece, o camisa 01 não usou a
faixa de capitão  em alguns jogos no segundo semestre
 deste ano, como contra o Vitória (3 x 1). Quem ficou com a
tarja no braço foi Kaká, que reestreava no Morumbi após 11
anos.

Já contra o Huachipato (3 x 2), no Chile, como reconhecimento de
seu esforço e dedicação após percorrer mais de 16.245 km – com
muitas horas de voos e diversos deslocamentos – para defender a
equipe são-paulina, o lateral-esquerdo Alvaro Pereira foi o
escolhido para ser a referência do time em campo. O uruguaio, que
estava com a Celeste do outro lado do mundo para os amistosos
contra Omã e Arábia Saudita, foi o capitão tricolor na ocasião.

Vale lembrar que em 2012, na conquista da Copa Sul-Americana, o
arqueiro entregou a faixa ao jovem Lucas, que se despedia do São
Paulo para defender o Paris Saint-Germain-FRA. Emocionado, o camisa
7 pode erguer o troféu como capitão da equipe, fazendo a festa dos
torcedores no Morumbi após a vitória sobre o Tigre-ARG.

Na época, a postura de Rogério foi elogiada pelos companheiros,
que nunca esconderam a sua admiração pelo goleiro. Nos treinamentos
e viagens do Tricolor, é comum ver Rogério conversando e dividindo
um pouco do seu conhecimento aos jogadores mais jovens.

Com a certeza de que este será o seu último ano embaixo das
traves são-paulina e, consequentemente com a histórica braçadeira,
que acumula grandes conquistas, o camisa 01 dividiu a sua liderança
novamente. No triunfo sobre o Criciúma (2 x 1), no último final de
semana, Ganso herdou mais uma vez a braçadeira do M1TO. 

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