Nos pênaltis, São Paulo acaba eliminado da Sul-Americana

Nos pênaltis, São Paulo acaba eliminado da Sul-Americana

Calendário 27/11/2014 - 00:27
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Não faltaram vontade e entrega dos jogadores são-paulinos, que deixaram o gramado ovacionados e aplaudidos pela torcida, mas o Tricolor acabou eliminado na semifinal da Copa Sul-Americana de 2014. Nos pênaltis, após vencer por 1 a 0 no tempo regulamentar com gol de Paulo Henrique Ganso, o São Paulo se despediu da competição continental. O Atlético Nacional-COL, que havia vencido por 1 a 0 na ida, em Medellín, levou a melhor nas penalidades máximas (4 x 1) e garantiu a sua permanência no torneio.

Os mais de 45 mil torcedores que foram ao Morumbi na noite desta chuvosa quarta-feira (26) mais uma vez demonstraram o seu amor pelo clube e foram os destaques do confronto. Cantando os 90 minutos e com uma verdadeira festa para incentivar os atletas, a torcida deu um show de esportividade e apoiou os guerreiros tricolores mesmo após o apito final!

Com os retornos do meio-campista Souza e do atacante Alan Kardec, que cumpriram suspensão pelo terceiro cartão amarelo no clássico contra o Santos (1 x 0), pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho escalou o time são-paulino com Rogério Ceni; Hudson, Rafael Toloi, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson, Souza, Kaká, Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos; Luis Fabiano.

Com o estádio cheio, a torcida cantou alto e empurrou o São Paulo. Após o apito inicial, o meio de campo do São Paulo começou tocando a bola, na tentativa de abrir a defesa do Nacional, e tirar o zero do placar. No entanto, diante de um adversário bem postado, a partida começou morna. Então, cheio de vontade, Luis Fabiano tratou de ajudar na marcação e dar carrinho para contagiar o time e levantar o público nas arquibancadas.

Assim, a primeira chance surgiu aos 9 minutos. Alvaro Pereira bateu lateral direto na área do Atlético, que tirou a bola dali. No rebote, Hudson chutou de longe e deu trabalho ao goleiro Armani. Organizados, os visitantes encurtavam os espaços e não davam terreno para os brasileiros jogarem. E foi justamente quando a chuva aumentou na capital paulista, dando mostras de que poderia esfriar o jogo, que os anfitriões assustaram de novo.

Aos 15 minutos, Kaká e Michel Bastos tabelaram no ataque, e o camisa 7 bateu rente a trave. Bom lance para esquentar a torcida sob chuva forte no Morumbi e empolgar a equipe em campo. Dois minutos depois, Michel Bastos apareceu bem novamente e deu bom passe para Luis Fabiano. O Fabuloso bateu cruzado, mas o arqueiro rival defendeu. Foi mais uma boa chegada tricolor, que tentava abrir a impecável defesa adversária.

Com dificuldades nas articulações das jogadas, os comandados de Muricy ainda tiveram que batalhar para conter o ímpeto do Nacional, que era perigoso na frente. Para responder aos ataques do adversário, o São Paulo contra golpeou de novo e passou perto de tirar o grito de gol dos torcedores. Aos 32, a zaga do Nacional errou e a bola ficou com Michel Bastos. Porém, quando o são-paulino se ajeitou para o chute, a marcação adversária apareceu para evitar que as redes balançassem.

Mesmo apertando em busca do tento que mexeria no placar pela primeira vez, o Tricolor ainda teve que contar com a eficiência e grande fase do M1TO que, aos 44 minutos, fez boa defesa cara a cara com Cardona para evitar que os visitantes saíssem na frente antes do intervalo. “O time deles é bem organizado. O jogo foi pau a pau. Não pode bater desespero. Temos que nos aproximarmos um pouco mais”, alertou o treinador são-paulino quando se dirigia aos vestiários.

Na volta para o segundo tempo, para confundir a marcação e dar outra cara ao time, Muricy alternou o posicionamento de Kaká, que foi para a esquerda, e Michel Bastos, deslocado para a direita. A mudança deu certo e logo as oportunidades foram surgindo. Aos 3, Ganso limpou a jogada no meio de campo e rolou para Michel Bastos. O meia cruzou para a área, em busca de Luis Fabiano, mas a defesa do Atlético Nacional interceptou.

Pouco depois, aos 5, Michel apareceu outra vez pela direita. Ele dominou e bateu para o gol, mas a bola passou pela esquerda de Armani, que dois minutos depois tirou o ângulo do atleta são-paulino e impediu o gol. As investidas com o camisa 7 pareciam ser o caminho para o São Paulo, que não tirava o pé.

Dessa forma, pressionando e sem deixar os colombianos respirarem, o Tricolor abriu o placar. Aos 8, Ganso cobrou falta para o meio da área. A bola passou por todo mundo e morreu na rede de Armani. A vibração do Maestro na comemoração mostrou a garra que o time estava na etapa complementar. Muito melhor no duelo com Michel na direita, Ganso com espaço no meio e Kaká na esquerda, os anfitriões controlavam o embate.

O gol animou o São Paulo, que apertava em busca do segundo que carimbaria a vaga direta para a final. Aos 24 minutos, Michel Bastos se livrou do goleiro e cruzou para trás, para Kaká. O meia ajeitou e finalizou consciente, mas a bola bateu na trave. O lance animou ainda mais a torcida, que explodiu nas arquibancadas.

A pressão, que já era intensa, ficou ainda mais aguda para cima dos visitantes aos 25. Luis Fabiano recebeu dentro da área, girou e bateu. A bola explodiu na trave. No rebote, Michel Bastos não conseguiu aproveitar, mas estava impedido. O São Paulo se aproximava do segundo gol, porém, não tinha sorte nas finalizações.

O Atlético Nacional tentava esfriar a partida. No entanto, sofria com o ímpeto são-paulino, que mantinha a intensidade. O Fabuloso também passou perto, aos 26, mas chutou na rede pelo lado de fora. Para não deixar que o Tricolor diminuísse a pressão, Muricy promoveu as entradas dos atacantes Alan Kardec e Osvaldo nas vagas de Kaká e Alvaro Pereira, mas as redes não balançaram novamente e a decisão foi para os pênaltis.

Nas penalidades máximas, Bocanegra, Valencia, Cardona e Luis Ruiz converteram as suas cobranças e decretaram a eliminação do Tricolor, que marcou apenas com Rogério – Rafael Toloi e Alan Kardec não conseguiram marcar. Na saída do gramado, como forma de reconhecimento da entrega da equipe, a torcida cantou para retribuir o esforço dos atletas são-paulinos.

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