Terceiro jogador mais antigo do elenco – só perde para Rogério e Júnior – e um dos protagonistas da campanha do penta, sendo inclusive eleito um dos craques do Brasileirão de 2007, o volante Richarlyson começou o ano como titular, mas durante o nacional perdeu a posição para o novato Jean, uma das principais revelações da competição. Com a suspensão de Jean pelo terceiro cartão amarelo, o camisa 20 do São Paulo deve voltar ao time titular justamente no jogo mais importante do ano para o clube. Na decisão de domingo, contra o Goiás, no estádio Bezerrão, no Gama (DF), Richarlyson deve aparecer no meio-campo junto com Hernanes e Hugo. Ao contrário do ano passado quando se dividia entre marcação e armação com Hernanes, Richarlyson sabe que se for escalado seu posicionamento deve mudar, já que o companheiro se destaca hoje na meia. Ele não vê problema com a nova função defensiva e se coloca à disposição de Muricy para proteger à zaga. Abaixo, o novo-antigo titular do São Paulo fala sobre sua expectativa em atuar justamente no jogo mais importante da temporada. Como vê a chance de voltar no jogo mais importante do ano? Ainda não sei se vou jogar, mas, claro, vivo essa expectativa. Caso o Muricy venha a me escolher, com certeza vai ser um presente muito grande, especialmente se tudo der certo e conquistarmos o título. É o jogo mais importante do ano e espero ser “coroado” com esta oportunidade. O Muricy já conversou com você? Não. Acho que ele vai conversar comigo [caso seja o escolhido] antes do coletivo. O Jean joga mais fixo. Está preparado para exercer uma nova função? Já atuei em várias posições no São Paulo – zagueiro, lateral-esquerdo, volante e meia – e não vejo problema algum Sente um frio na barriga pelo momento e oportunidade de voltar ao time nesta decisão? Claro. O profissional que não ficar ansioso na semana de um jogo decisivo pode largar. Mas é só até a bola rolar. Depois é um jogo normal, tem que ter atitude e tranqüilidade. Estou pronto para ajudar o time nessa decisão. Algum paralelo com as campanhas de 2006 e 2007? Foram campanhas diferentes, pois disparamos e tínhamos a chance de poder recuperar algum tropeço. Agora não, é uma decisão única e que não podemos errar. O que fazer para não errar? Manter a mesma filosofia de jogo das últimas 18 partidas em que estamos invictos (uma pela Sul-Americana). Confiança, pegada, seriedade e concentração. O time é muito forte, é só manter nosso trabalho. É difícil algum time nos derrotar. Como você vê seu momento de hoje? Com tranqüilidade. Venho trabalhando forte, aguardando uma nova oportunidade. Ela pode aparecer num momento especial, por isso o Muricy sempre diz que o profissional tem que estar preparado sempre. Eu estou pronto, concentrado e com muita vontade de ajudar o time a conquistar um tricampeonato inédito para o clube. O que projeta para o domingo ser perfeito? Ser campeão, claro. É um presente muito grande entrar no time neste momento e farei o meu melhor se for escalado. Após o jogo contra o Fluminense, já sabendo que o Jean estaria suspenso, vários jogadores disseram pra mim que eu iria fazer o gol do título. É difícil, mas porque não sonhar com isso. Fica pra história.
Dois momentos: Campeão Mundial (2005); e pronto para a decisão (hoje)