Em 2015, quando chegou ao clube, Carlinhos sofreu com as lesões e não conseguiu ter a sequência que desejava. Durante toda a temporada passada, entre pausas para recuperações no REFFIS, o camisa 6 não conseguiu disputar mais de seis jogos seguidos – foram três sequências assim. No entanto, isso faz parte do passado. Longe do Departamento Médico e cada vez mais presente no campo, o ala ganhou a confiança do técnico Edgardo Bauza e se tornou figura constante nas escalações do time são-paulino.
O lateral e meia atuou em 16 dos 18 jogos da equipe em 2016. Presente nos últimos 11 duelos – sendo dez como titular -, o jogador vive sua maior sequência desde que acertou a sua chegada ao Tricolor. “Em 2015, fiz uma pré-temporada boa, mas no primeiro jogo machuquei o joelho. Aí machuca e fica outro mês parado é difícil voltar e pegar a rotina dos outros. As vezes atrapalha”, avaliou o atleta, que valorizou a programação da comissão técnica.
“Esse ano deu tudo certo, boa pré-temporada. Mas no clube, venho fazendo trabalho de suplemento, para aumentar a massa muscular”, revelou. Além de poder desempenhar o seu papel na lateral esquerda – principalmente nas últimas partidas após a convocação de Mena para a Seleção Chilena -, Carlinhos foi utilizado diversas vezes por Patón como ponta. Os aprendizados com o colombiano Juan Carlos Osorio facilitaram o trabalho do agora também armador, que ganhou mais oportunidades na equipe com a sua versatilidade.
“Até há um tempo me sentia melhor na minha posição. Mas a sequência ocorreu e hoje me sinto confortável em todas posições: volante, lateral ou ponta. Onde tiver espaço. Conheço mais do que os outros, porque comecei minha carreira na lateral. Mas com essa sequência, me sinto confortável em outras posições também. O Osorio deixou um legado aqui, o futuro está sendo agora. Jogo em várias posições, não imaginava isso na carreira profissional. Na base sim, mas no profissional foi a primeira vez. Agradeço o Osorio pelo que fez comigo particularmente”, acrescentou.
Com a mesma disposição que tem para lutar por um espaço entre os titulares, o lateral quer manter a invencibilidade recente do São Paulo, que não é derrotado há quatro jogos: uma vitória e três empates. “Queremos vencer sempre, não tem desculpa. É uma sequência grande de jogos. Tem desfalques, cartão, seleção, jogador lesionado. E dentro disso tudo tentamos apresentar algo. Claro que não está agradando, mas estamos tentando o máximo possível melhorar. Se não perde já é um passo muito grande. Está mais perto da vitória”, finalizou.