Oito anos depois da conquista do tricampeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o São Paulo garantiu a vaga na final para duelar com o Flamengo, no dia 25 de janeiro, no Pacaembu, em duelo sofrido, diante do Internacional, nos pênaltis. Em partida que iniciou na segunda e só terminou na terça, com paralisação por conta de chuva com raios, o técnico André Jardine vê o Tricolor fortalecido emocionalmente e de espírito para a última batalha.
Há quase três anos no São Paulo, Jardine coleciona sete títulos com o Sub-20, entre eles, o bicampeonato da Copa do Brasil, uma Libertadores e um Paulistão, porém, não havia conseguido passar para as fases finais de uma Copa São Paulo ainda.
“Tinha certeza de que mais cedo ou mais tarde a gente ia chegar nessa final. As competições que vencemos são tão difíceis como a Copinha e a gente vinha chegando, quase sempre em todas as semifinais, e as que chegamos à final, nós vencemos. Eu comentava que a gente vivia essa vontade de chegar à final da Copinha, mas sem ansiedade ia acontecer. A gente nem sempre tem a sorte, temos fatalidades, algumas dificuldades inesperadas, mas a gente tinha convicção que estava sempre beliscando, e uma hora vamos ganhar”, contou o treinador.
O adversário da grande final será o Flamengo, que sagrou-se campeão pela última vez em 2016, sobre o Corinthians, no Pacaembu. O duelo está marcado para às 10h, desta quinta-feira, dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo. Jardine vê o Tricolor fortalecido e amadurecido para esta final após a batalha com o Internacional na semifinal.
A partida teve início na última noite de segunda-feira (22), porém, só terminou na tarde de terça, com pênaltis, após empate no tempo normal em 1 a 1, e um dilúvio, com inúmeros raios, que fizeram a partida ser adiada.
“O time chega muito fortalecido mentalmente e de espírito, a disputa de pênalti tinha um ingrediente a mais, pois o goleiro do Inter é muito bom, tinha pego um pênalti no tempo normal, então psicologicamente os meninos tiveram que ser muito fortes, ter muita coragem para enfrentá-lo, sabiam que não podia bater mais ou menos”, lembrou Jardine.
O pênalti perdido foi por Liziero, ainda no primeiro tempo do jogo. Um dos melhores batedores do time nos treinamentos e um dos destaques desta Copinha, com grandes jogos em todas as fases. Jardine fez questão de demonstrar toda sua confiança no camisa 6, titular absoluto do time, que novamente bateu o pênalti e desperdiçou. O técnico ressaltou a importância na formação dos atletas e também em atuar no seu estilo, sempre para a frente, propondo o jogo, crendo que este seja o caminho no futebol.
“Colocar o Liziero como último batedor da série de cinco cobranças é uma demonstração de confiança, é papel da base formar, ele é um excelente batedor e jogador, vem fazendo uma baita Copa, só erra quem bate, quem assume a ‘bronca’. E, no fim, a felicidade maior é quando o futebol premia quem ousa mais, quem se entrega mais, e sempre que o São Paulo entrar no jogo com essa proposta, sabemos que sempre vai ter risco, mas a gente luta pela vitória do primeiro ao último minuto”, disse.