Desde 2015 o São Paulo não começava um Campeonato Paulista sentindo o gosto da vitória. Com o objetivo de acabar com essa escrita, o técnico André Jardine convenceu o grupo de que já era o momento de isso mudar e decretou: só sairemos do Pacaembu com a vitória. Foi melhor do que o treinador imaginou: 4 a 1 sobre o Mirassol.
“Antes do jogo, eu pensava muito que seria importante começar vencendo, atendendo a expectativa de todos. Não só para mim, mas para o clube, para o grupo, para a torcida, era importante começar bem. Fazia três anos que o time não começava ganhando no Paulista, e o time estava engajado nisso. Falei na Flórida que o jogo de hoje era o que precisávamos vencer”, afirmou Jardine.
“A gente está num processo de entrosamento, os jogadores ainda estão se conhecendo, então alguns equívocos acabam acontecendo. Com certeza, a tendência é isso ir diminuindo. O time vem trabalhando forte e tem muito a evoluir”, completou o treinador.
André Jardine ressaltou, também, o fato de os dois primeiros gols do Tricolor – marcados por Anderson Martins e Pablo, ambos de cabeça – terem sido originados de jogadas trabalhadas em treinamento. O primeiro foi em escanteio cobrado por Nene e o segundo em falta efetuada por Reinaldo.
“Na sexta-feira foi o primeiro dia em que a gente conseguiu treinar bola parada ofensiva. Na Flórida, a gente só treinou a defensiva. Eu realmente quero destacar a qualidade das batidas, temos bons batedores, como Reinaldo, Bruno (Peres), Nene. Fazem a diferença. Temos bons cabeceadores também, Anderson, Arboleda, Pablo, Hudson”, disse Jardine.
Questionado sobre a boa atuação do meia Nene, que substituiu Hernanes na partida, o treinador tricolor exaltou a força do elenco e a importância de cada jogador para a sequência da temporada.
“Nene foi muito bem. O fato de ter grandes jogadores no elenco me faz ter o tipo de dor de cabeça boa. O elenco é forte, temos jogadores de alto nível. Cabe a mim encontrar um momento de tornar o São Paulo competitivo e encaixar os melhores jogadores. Mas esse é o trabalho que eu vou ter a partir de agora, pensar jogo a jogo, e premiar quem está no melhor momento. Ao mesmo tempo preciso ter um nível de organização, identidade, sem trocar de sistema tático”, ressaltou Jardine.