Foi suado, sofrido. A torcida empurrou, o time fez de tudo, mas a bola parecia não querer entrar. Mas lá estava o Imperador Adriano que, aos 48min do 2o tempo, desafogou a torcida e garantiu a importantíssima vitória sobre o retrancado Sportivo Luqueño por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no estádio do Morumbi. Com a vitória, o time foi aos oito pontos na tabela de classificação e manteve a liderança isolada do grupo sete da competição sul-americana. Muricy Ramalho confirmou o que disse na véspera e mandou uma equipe ofensiva a campo. Éder Luis, que só pode atuar na Libertadores, apareceu no ataque, ao lado de Borges e Adriano. E o time, quando começou a partida, tomou a iniciativa e foi para cima. A primeira chegada foi aos 7min com Éder Luis que, após receber passe de Hernanes, bateu cruzado, à esquerda do gol de García. O desenho tático da partida era claro. Só um time atacava e o outro se defendia. E, com os espaços reduzidos, a alternativa era arriscar chutes de fora da área. E Hernanes apareceu em três lances com chutes perigosos de longe, aos 8min, 22min e 34min. Em todas, o goleiro do Sportivo Luqueño foi muito bem e evitou o gol. Na etapa complementar, a retranca do Luqueño aumentou ainda mais. Em vários lances, a equipe paraguaia recuava todos os dez homens para o campo de defesa. O São Paulo voltou jogando mais pelas pontas, armou a blitz e encurralou o seu adversário. E as chances de gol não paravam de surgir. O gol parecia próximo. Aos 9min, Éder Luis assustou em chute de fora da área, que passou perto do ângulo de García. Dois minutos depois, Borges recebeu dentro da área e bateu em cima do goleiro paraguaio. Aos 16min, Hernanes cruzou da direita de pé esquerdo para Adriano que, livre de marcação, cabeceou por cima do gol. No minuto seguinte, Muricy Ramalho deu ainda mais força ao ataque, com a entrada de Dagoberto na vaga de Fábio Santos. O time seguia em cima. Aos 20min, André Dias, de bate pronto, quase fez um golaço. Aos 24min, Carlos Alberto entrou na vaga de Éder Luis. Aos 31min, o gol só não saiu porque García fez bela defesa em cabeçada de Zé Luís. A pressa era incrível. O Luqueño abusava do anti-jogo. Seus jogadores, a cada dividida, caíam no gramado, tentando enganar a arbitragem. E o São Paulo pressionava de tudo quanto era jeito. Quando a placa do quatro árbitro assinalou cinco minutos de acréscimo, a torcida deu ainda mais gás no time, que foi para o último suspiro. E a pressão finalmente deu certo aos 48min, quando Jorge Wagner cruzou na medida da esquerda para Adriano que, ao seu estilo, subiu mais alto que o adversário e testou firme, no canto direito de García. O Morumbi explodiu de alegria.