Bicampeão brasileiro pelo Tricolor, em 2007 e 2008, o
meio-campista Hernanes viveu uma tarde especial nesta sexta-feira
(6) na vitória da Seleção Brasileira por 1 a 0 sobre a Sérvia. Após
praticamente quatro anos, o volante pôde retornar ao Morumbi e
matar a saudade da casa são-paulina. Seu último duelo pelo clube no
estádio foi no dia 5 de agosto de 2010, no triunfo sobre o
Internacional por 2 a 1.
Uma das opções do técnico Felipão para o meio de campo do
Brasil, o jogador pisou novamente no estádio que marcou boa parte
de sua vitoriosa carreira. “Foi uma alegria muito grande, depois de
quatro anos, poder reencontrar o Morumbi. Aqui foi literalmente a
minha casa, porque morei até embaixo da arquibancada durante um
tempo (risos)”, afirmou o atleta, que completou.
“Essa alegria é porque pude reviver grandes conquistas que tive
no Morumbi. Foi um prazer resgatar essas lembranças saudáveis e
memoráveis. Passei momentos felizes da minha carreira aqui e
comecei a minha história no futebol”, acrescentou.
No período em que esteve no São Paulo, Hernanes disputou 223
jogos e marcou 38 gols – sendo 18 no Morumbi -, além de inúmeras
assistências que o fizeram assumir o posto de camisa 10 da equipe
são-paulina. Revelado nas categorias de base do clube, o volante
esteve presente em 123 vitórias da equipe profissional, além de 51
empates e 49 derrotas.
Destes, 111 confrontos foram no estádio que recebeu o amistoso
da Seleção Brasileira contra a Sérvia. Um dos momentos mais
marcantes em sua passagem pelo Tricolor foi justamente no Morumbi.
No dia 31 de outubro de 2007, foi de Hernanes o primeiro gol do São
Paulo na vitória por 3 a 0 sobre o América-RN, que garantiu ao
clube o título brasileiro de 2007.
“O São Paulo foi o clube que me formou, onde passei a fase de
garoto até o profissional e amadureci bastante aqui. Devo tudo ao
São Paulo, porque sempre fez tudo por mim. Me ensinaram muitas
coisas e, assim, foi ganhando confiança para hoje defender a
Seleção Brasileira. O clube me fez crescer e ajudou muito”, disse o
meio-campista, que hoje defende as cores da Inter de Milão-ITA.
“Quando estava no ônibus, no caminho para o estádio com a
delegação, fui lembrando do trajeto que fiz muitas vezes para jogar
no Morumbi. Relembrar isso, subir novamente o túnel do vestiário
que dá acesso ao campo e reencontrar o Morumbi foi especial. Pude
reviver isso intensamente e ficará pra sempre na minha memória”,
finalizou.