Na noite da próxima quarta-feira (17), em Sorocaba, o Tricolor iniciará a disputa do Campeonato Paulista de 2018, diante do São Bento. Em busca do troféu, o São Paulo conta com um treinador experiente e vitorioso em estaduais. Bicampeão paulista, em 2010 e 2016, Dorival Júnior tem no currículo sete conquistas regionais.
Além do Paulistão, o treinador dirigiu times nas campanhas vitoriosas do Campeonato Catarinense (2004), do Campeonato Cearense (2005), do Campeonato Pernambucano (2006), do Campeonato Paranaense (2008) e do Campeonato Gaúcho (2012).
O comandante, que chegou ao clube durante a temporada 2017, projetou a sua primeira disputa de estadual na equipe são-paulina. “É tudo muito teórico. Só poderemos saber realmente quando as competições começarem. Tudo pode ser debatido, mas sinceramente não há uma lógica em tudo. Já vi o Santos com time esfacelado em 2015 e chegar a ser campeão paulista. Em outros momentos times fortes que não alcançaram, outros que confirmaram”, avaliou o técnico, que completou.
“Vamos deixar bem avisado: não se surpreendam com os times do interior. Joguei duas finais de competições contra times do interior, e uma terceira final, o São Caetano, do interior, contra o Santos. O Campeonato Paulista é um caso à parte. Só vamos descobrir algo diferente nos momentos finais da competição, daqui alguns meses”, disse o comandante, que pretende rodar o elenco nas primeiras rodadas do estadual.
“Teremos cinco jogos em 12 ou 13 dias, então precisamos ter cuidado. Foram apenas 12 dias de treinamentos. Caso mantivéssemos só um time atuando teríamos problema. Estamos tentando evitar, respaldados pela fisiologia do clube e histórico que temos. Os 20 e poucos dias de pré-temporada era um ganho, agora teremos de readequar. Mas teremos um time competitivo desde o começo da primeira rodada”, opinou Dorival, que emendou.
“Temos duas possibilidades treinadas, estamos, naturalmente, tentando proporcionar aos jogadores as melhores condições possíveis para ter um campeonato equilibrado fisicamente. A grande maioria dos clubes deve estar pensando como nós, que é natural que não teremos os jogadores nas melhores condições. Por isso encontraremos dificuldades no início. Depois, as coisas melhoram. Mas tentamos tirar essa distância fisicamente e não vamos lamentar. Vamos enfrentar e fazer a equipe atuar da melhor maneira e direcionamos para acelerar esse processo”, disse.
Por fim, o treinador destacou a presença da garotada do CFA no CT da Barra Funda. “É o tipo do trabalho que gosto de realizar, essa formação e mescla de jovens valores com jogadores mais experientes. Se chegaram é porque estão preparados. Talvez não tenhamos todos os nomes que gostaríamos, mas não fico lamentando. A obrigação do treinador é trabalhar com o que tem e encontrar os resultados. Alguns outros garotos estão na Copa São Paulo e podem estar aqui em breve”, afirmou Dorival, que acrescentou.
“Agora não são mais garotos, são tratados como profissionais, com as mesmas exigências e nível de responsabilidade de um jogador mais tarimbado. É assim que temos de conduzir. Naturalmente sabendo que são garotos, mas que se sintam cobrados para jogar no melhor e tenham liberdade para produzir, mas que têm responsabilidades. Em cima disso serão feitas as cobranças normais e naturais, como seriam com qualquer jogador”, finalizou.