Há 88 anos, nascia o Mestre Telê Santana

Há 88 anos, nascia o Mestre Telê Santana

Calendário 26/07/2019 - 08:00
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Acervo pessoal
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Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
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Fábio M. Salles
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Rubens Chiri / saopaulofc.net
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Teófilo Pereira

Em Itabirito (MG), no dia 26 de julho de 1931, nasceu Telê Santana, para muitos, o “Fio de Esperança”, para os são-paulinos, o eterno “Mestre Telê”. Ídolo por onde passou, consagrou o futebol arte na Seleção Brasileira, mostrando que ser campeão somente não bastava, era preciso tornar cada partida um momento inesquecível.

No São Paulo Futebol Clube, Telê fez história conquistando dez títulos oficiais e outros tantos torneios nacionais e internacionais. As taças dos dois mundiais interclubes, as duas Libertadores da América e o Brasileiro de 1991, que elevaram o nome do Tricolor a um patamar nunca antes estabelecido, são, entretanto, as maiores conquistas dentre suas menores vitórias: obstinado em recuperar a imagem que consagrou internacionalmente o futebol brasileiro, lutou até onde pode para provar que um time técnico e bonito de se ver podia ser vencedor. E conseguiu.

Telê chegou para fazer história em 1990, ano em que o time não se encontrava dentro de campo. Como o elenco são-paulino, o técnico também buscava redenção: taxado por muitos críticos como “pé frio”, após formar as belíssimas – mas não vencedoras – seleções brasileiras de 1982 e 1986.

O treinador, que já havia comandado o Tricolor por pouco mais de um semestre em 1973, não queria assumir a equipe: “Não, não, não quero saber de futebol”. Telê teve uma saída um pouco traumática do emprego anterior, no Palmeiras.

No dia em que teria que viajar para a capital paulista e negociar com o Tricolor, Telê havia realmente desistido. Somente com a ameaça de Carlos Caboclo, amigo de longa data do treinador, de ir buscá-lo pessoalmente, de carro (e possivelmente sofrer um acidente que pesaria na consciência do treinador – este foi o argumento persuasivo do dirigente), é que Telê Santana foi finalmente convencido a, ao menos, comparecer à mesa de negociações. Mais do que isso, rapidamente “assinou” com o São Paulo. Entre aspas, pois o técnico nunca acertou seus contratos com o clube, efetivamente, no papel. 

Toda forma, Telê pegou o time na 10ª colocação do Campeonato Brasileiro e, depois de se manter nove partidas invicto (perdendo apenas o jogo de volta da semifinal, contra o Grêmio, no Olímpico), o levou à final do campeonato, sagrando-se vice-campeão. Nada mal para quem acabara de chegar e somente pretendia ficar no clube por pouco tempo.

A marca registrada do treinador era a disciplina imposta a seus comandados. Tudo em prol da perfeição técnica, alcançada mediante treinamento constante e rigidez de conduta. Mas também era considerado pelos jogadores um verdadeiro paizão, Telê queria sempre o bem dos atletas comandados por ele, em todos os aspectos. “Queria orientar essa garotada, fazê-los se integrarem com a sociedade de uma forma boa, sem aquela imagem negativa de jogador de futebol. Valeu a pena, hoje você vê todo mundo bem, com família, e essas são histórias que vamos levar pro resto da vida com o Telê”. – Disse um dos ex-comandados pelo treinador, Cafu.

Assim, dedicou-se ao Tricolor de corpo e alma: até mesmo morou no CT do clube. Enfrentou a violência dentro dos campos, a má qualidade dos gramados, os erros e o descaso da arbitragem nacional e guerreou uma batalha particular para que o futebol brasileiro reencontrasse seu rumo dentro e fora das quatro linhas. 

Passo a passo, Brasil e América se renderam ao trabalho do treinador perfeccionista. Em pouco tempo o mundo tinha três cores e era de Telê. Em Tóquio, superando o grande Barcelona (por 2 a 1) dez anos depois da fatídica queda da Seleção Canarinho na Copa do Mundo da Espanha, Telê se consagrou campeão mundial.

Mas não parou por ai. Em 1993, levou o São Paulo à soberania na América vencendo a tríplice coroa continental: a Taça Libertadores, a Supercopa e a Recopa. No Japão, ao fim do ano, após bater outro super-time europeu (o Milan, por 3 a 2), Telê entregou ao mundo uma obra prima, uma obra de arte bicampeã mundial.

Com justiça, a torcida adotou o prenome “Mestre”, entoado até os dias de hoje em saudosa reverência e admiração: é um eterno ídolo dos são-paulinos.

Para sempre, Mestre Telê!

 

Telê Santana

“É difícil atingir a perfeição, mas não aproximar-se dela”.

Técnico

1973 e 1990 – 1996
Nascimento: 26/07/1931
Falecimento: 21/04/2006
Títulos oficiais conquistados no SPFC: Campeão Mundial Interclubes 1992 e 1993; da Taça Libertadores da América 1992 e 1993, da Supercopa Sul-Americana de 1993; da Recopa Sul-Americana de 1993 e 1994, do Campeonato Brasileiro de 1991 e do Campeonato Paulista de 1991 e 1992.

 

CARREIRA PROFISSIONAL

Como jogador:

  • Fluminense, 1951-1960
  • Guarani, 1960-1962
  • Madureira, 1962
  • Vasco da Gama, 1962-1963

Como treinador:

  • Fluminense, 1969-1970
  • Atlético Mineiro, 1970-1972
  • São Paulo, 1973-1973
  • Atlético Mineiro, 1973-1975
  • Botafogo, 1976-1976
  • Grêmio, 1976-1978
  • Palmeiras, 1979-1980
  • Seleção Brasileira, 1980-1982
  • Al-Ahli, 1983-1985
  • Seleção Brasileira, 1985-1986
  • Atlético Mineiro, 1987-1988
  • Flamengo, 1988-1989
  • Fluminense, 1989-1989
  • Palmeiras, 1990-1990
  • São Paulo, 1990-1996


TÍTULOS OFICIAIS

Como jogador:

  • Campeão Carioca Juvenil de 1950 (Fluminense)
  • Campeão Carioca de 1951 e 1959 (Fluminense)
  • Campeão da Copa Rio de 1952 (Fluminense)
  • Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e 1960 (Fluminense)

Como treinador:

  • Campeão Carioca Juvenil de 1967 (Fluminense)
  • Campeão Carioca Júnior de 1968 (Fluminense)
  • Campeão da Taça Guanabara de 1969 (Fluminense)
  • Campeão Carioca de 1969 (Fluminense)
  • Campeão Mineiro de 1970 (Atlético-MG)
  • Campeão Brasileiro de 1971 (Atlético-MG)
  • Campeão Gaúcho de 1977 (Grêmio)
  • Campeão Árabe de 1983 (Al-Ahli)
  • Campeão da Copa do Rei de 1984 (Al-Ahli)
  • Campeão da Copa do Golfo de 1985 (Al-Ahli)
  • Campeão Mineiro de 1988 (Atlético-MG)
  • Campeão da Taça Guanabara de 1989 (Flamengo)
  • Campeão Brasileiro de 1991 (São Paulo)
  • Campeão Paulista de 1991 (São Paulo)
  • Campeão da Copa Libertadores de 1992 (São Paulo)
  • Campeão Mundial de 1992 (São Paulo)
  • Campeão Paulista de 1992 (São Paulo)
  • Campeão da Copa Libertadores de 1993 (São Paulo)
  • Campeão da Recopa de 1993 (São Paulo)
  • Campeão da Supercopa de 1993 (São Paulo)
  • Campeão Mundial de 1993 (São Paulo)
  • Campeão da Recopa de 1994 (São Paulo)


PRÊMIOS

  • Belfort Duarte – por passar dez anos sem ser expulso em no mínimo 200 jogos nacionais ou internacionais
  • Técnico da Seleção da América – Jornal El País: 1992
  • Título de Cidadão Paulistano: 2003
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