O zagueiro Diego Lugano se despediu oficialmente do São Paulo na tarde desta quinta (17). Em entrevista coletiva no CCT, o uruguaio, visivelmente emocionado, disse que a ficha de deixar o clube ainda não caiu.

Ser ídolo de uma nação fanática como a são-paulina faz de Lugano um jogador orgulhoso, que, segundo ressaltou, jamais teve uma identificação  tão grande por um clube de futebol, nem quando garoto.

Lugano embarca nesta sexta (18) para a Turquia e deverá fazer sua estréia pelo Fenerbahçe já na próxima terça (22), em casa, quando sua nova equipe recebe o Dynamo Kiev, com a obrigação de reverter os 3×1 que sofreu na Ucrânia para continuar na Liga dos Campeões.

No embarque uma certeza: “Voltarei sempre que puder. Seja para rever meus amigos, visitar o clube ou assistir jogos do São Paulo no Morumbi. Quem sabe o clube não precise de meus serviços novamente e me chame para defendê-lo mais uma vez. Obrigado São Paulo”, declarou o zagueiro.

Alguns trechos da entrevista de “Dios” Lugano.

Despedida

“É triste saber que uma etapa inesquecível da minha vida vai ficar para trás”.

Grupo

“O São Paulo conta com jogadores extraordinários em todos os sentidos. São companheiros de verdade, dignos da grandeza do clube. Vão ficar comigo para sempre”.

Clube

“Deu tudo a mim e a minha família. A identificação que tenho com esta camisa é tão grande que não consigo mencionar. Nunca tive tanta, nem quando garoto. E dificilmente terei em outro lugar”.

Chegada

“Foi difícil, era menino e estava chegando no melhor clube do melhor país do futebol. A estrutura humana que encontrei aqui me ajudou a vencer”.

Rogério

“Em pouco tempo ele vai ficar eternizado como o melhor jogador da história do São Paulo. Vai ser impossível eu jogar com alguém melhor ou igual a ele. Apesar da derrota de ontem vou guardar a camisa que ele me deu como um tesouro”.

Vice

“Não é fácil chegar a duas finais de Libertadores. Quase ninguém chega a uma. Estou triste, lógico, mas esse time é vitorioso. Tenho a tranqüilidade de sair honrado pelo suor que dediquei a esta camisa e pelo que os meus companheiros fizeram pela equipe”.

Saída

“Em 2005 eu e a diretoria negamos as propostas para conquistar o título mundial. Foi a melhor decisão que poderia ter. Abri mão da parte econômica pela humana. Agora não podia mais. Sou zagueiro, não tenho tantas oportunidades de conquistar algo melhor para minha família e a carreira é curta”.

Fenerbahçe

“É um time enorme. Um terço da população da Turquia torce por ele. Está na Champions e tenho certeza que estou indo para um grande clube”.

Despedida

“Todos os jogadores foram se despedir de mim no vestiário. Os funcionários também fazem questão de falar comigo. A torcida nem se fala. Isso é o mais bonito, ser querido. Vou estar aqui sempre que puder”.

Gratidão

“Ao presidente Marcelo Portugal Gouvêa pela oportunidade em acreditar num jogador desconhecido. Ao São Paulo e sua diretoria pelo respaldo que sempre me deram. Ao nível profissional e humano que encontrei no CT. Aos companheiros que juntos lutamos em tantas batalhas, e claro, ao torcedor, principal motivador de eu estar sempre amando este clube”.

Torcida

“Gratidão eterna, respeito e carinho inigualável. Obrigado por tudo. Vocês estarão para sempre no meu coração”.