‘Gol duplo’ de Carlinhos e Pato reaproxima Tricolor dos líderes

Com ‘gol duplo’, o Tricolor venceu o Cruzeiro por 1 a 0 na tarde deste domingo (26), no Morumbi, e retomou a briga pelos primeiros lugares do Campeonato Brasileiro. Carlinhos, dono do cruzamento, e Pato, que resvalou para trair o goleiro Fábio, ‘marcaram’ o tento solitário que recolocou o São Paulo no G-4 enquanto aguarda o desfecho da rodada.

Diante de um adversário que vendeu cara a derrota e apoiado mais uma vez pela torcida, que compareceu em bom número e cantou do início ao fim, a equipe são-paulina conseguiu reagir no torneio em busca de mais um título nacional. Na próxima quarta-feira (29), com a missão de acirrar a briga pela ponta, o Tricolor visitará o líder Atlético-MG, em Belo Horizonte. Após 15 rodadas, o time detém 27 pontos.

No intervalo da partida, o ex-técnico Telê Santana, que hoje completaria 84 anos de idade, foi homenageado pelo clube. O ex-volante Pintado, multicampeão com o Mestre na década de 90, recebeu a placa e representou o treinador. Além do comandante, Careca e Pintado foram homenageados. Dois outros grandes ídolos que também construíram a história do São Paulo, Chicão e Noronha, representados pelas esposas, receberam a honraria.

Para encarar os cruzeirenses, o lateral-esquerdo Carlinhos foi a grande novidade entre os titulares. Recuperado de um problema muscular na coxa esquerda, o camisa 6 voltou a jogar após quatro partidas. Dessa forma, o time começou o confronto com Rogério Ceni; Thiago Mendes, Toloi, Rodrigo Caio e Carlinhos; Lucão, João Schmidt, Boschilia e Michel Bastos; Centurión e Alexandre Pato.

O técnico Juan Carlos Osorio não pôde ficar no banco de reservas neste final de semana, já que foi expulso contra o Sport (2 x 0). Assim como o colombiano, Alan Kardec, Denis, Daniel (cirurgias), Bruno (entorse no tornozelo esquerdo), Reinaldo (amigdalite), Wesley (trauma na região lombar), Luis Fabiano e Paulo Henrique Ganso (suspensos) não mediram forças contra os mineiros.

Quando a bola rolou, o jogo começou amarrado e sem grandes oportunidades. Cruzeiro não fazia pressão, marcava o São Paulo atrás do meio-campo e evitava que os donos da casa conseguissem finalizar. Dessa forma, sem conseguir encontrar espaços para entrar na área adversária, os anfitriões tiveram que arriscar de longe: Michel Bastos, duas vezes, levou perigo, mas não acertou o alvo.

O camisa 7, aliás, era quem mais buscava o jogo e tentava acionar Centurión e Pato na frente. O Tricolor tinha mais posse de bola, mas não conseguia chegar ao gol de Fábio. Os cruzeirenses só se defendiam e tentavam conter as descidas de Michel Bastos pela direita, que assustava com frequência por ali. E se não era fácil penetrar no sistema defensivo da Raposa, a solução foi ter paciência e trocar passes até surpreender.

Foi assim que o zero quase saiu do placar. Aos 41 minutos, Michel Bastos cruzou para meio da área. A bola sobrou para Pato, que chutou de direita. O arqueiro do Cruzeiro, porém, mostrou muito reflexo e fez uma grande defesa para impedir que os paulistas saíssem na frente. Apesar de conter a investida são-paulina, Fábio não pôde evitar que o São Paulo marcasse antes mesmo do intervalo.

Aos 44 minutos, Carlinhos recebeu lançamento, cortou para dentro e cruzou de perna direita. Pato subiu sozinho na área e resvalou de cabeça. A tentativa do camisa 11 ‘matou’ o arqueiro mineiro, que viu a bola entrar no canto esquerdo: 1 a 0 e festa em dose dupla, já que ala e centroavante correram para comemorar com os companheiros.

Na volta para a segunda etapa, motivado pelo ritmo dos instantes finais do primeiro tempo, o São Paulo manteve a pressão. Logo aos 9 minutos, Centurión recebeu dentro da área, girou e bateu com efeito. Fábio, por via das dúvidas, espalmou para fora. A jogada, no entanto, ‘despertou’ os visitantes, que daí em diante foram mais agudos.

Em busca do empate, os comandados de Luxemburgo partiram para o campo de ataque e rondaram a meta de Rogério, que praticou algumas defesas para impedir a reação do rival. Sentindo que os visitantes poderiam deixar tudo igual no marcador, Milton Cruz promoveu a entrada de Hudson, que ocupou a vaga de João Schmidt.

Bem postado na defesa, os mandantes ainda apostaram na entrada de Edson Silva, que herdou o lugar do jovem Boschilia e deu ainda mais força ao sistema defensivo. A entrada do camisa 21 deu mais força ao jogo aéreo e impediu que o Cruzeiro arrancasse o empate no Morumbi. Assim, o Tricolor – que ainda assustou nos contragolpes – somou mais três pontos no Brasileirão e colou novamente nos líderes: 1 a 0!