Pouco a pouco, o técnico Edgardo Bauza tem conhecido melhor o
elenco são-paulino e ajustado a equipe para encarar o Campeonato
Paulista e a primeira fase da Libertadores da América. E uma das
prioridades do experiente treinador, bicampeão do torneio
continental em 2008 e 2014, é fortalecer o sistema defensivo. O
comandante, que agora conta com o uruguaio Lugano, quer ‘arrumar a
cozinha’ para formar um time vencedor e acirrar as disputas pelos
títulos que virão pela frente.
“Uma equipe que não sabe defender, não pode ser campeã. Isso não
quer dizer que os 11 devem estar dentro da área. A ideia é tratar
que a equipe não perca todo o poder ofensivo, mas não tome tantos
gols como tomou no ano passado. No Campeonato Brasileiro, foram 47
gols sofridos. Defender não depende do goleiro ou dos zagueiros,
depende dos 11. Quero uma equipe que possa competir”, avaliou o
argentino, que completou.
“O que estamos trabalhando na equipe é um funcionamento
coletivo, que a equipe tenha mais equilíbrio. No campeonato que
terminou, na minha opinião, foram muitos gols tomados. Temos que
baixar isso e muito. Estou buscando um time mais compactado, com
equilíbrio entre defesa e ataque, que seja um rival complicado para
os adversários”, opinou.
Desde a sua chegada ao clube, Patón tem realizado uma série de
atividades táticas para fortalecer o Tricolor. No dia a dia do
Centro de Treinamento da Barra Funda, é comum ver o treinador
conversando com os defensores e repassando o seu aprendizado –
Bauza foi um dos maiores zagueiros do futebol argentino, sendo
vice-campeão da Copa do Mundo de 1990, na Itália.
De acordo com o comandante, o início de trajetória tem sido
produtivo. “Até agora, estamos contentes com o trabalho que estamos
realizando. Estamos em um processo pré-competição, e sabemos que
será muito duro e exigente. Os atletas estão doloridos, mas ainda
não estão com o ritmo adequado para iniciar o campeonato. Mas vamos
chegar na hora dos jogos. Os dois testes de quinta-feira
(jogos-treinos contra Nacional-SP e Juventus-SP) foram muito bons e
entraremos na última etapa agora”, afirmou o técnico, que está
motivado com o desafio e trabalhar no Brasil.
“O desafio é chegar no São Paulo e poder estar no mesmo nível
dos treinadores que fazem sucesso no futebol brasileiro. Depois, em
relação ao trabalho em campo, já que tenho muito claro o que
preciso fazer. Tenho amigos brasileiros, passei férias aqui já e
por isso sei um pouco da característica do brasileiro. Tenho que
procurar me adaptar o mais rápido possível”, finalizou.