Fôlego e força Com a conquista da Libertadores, o São Paulo mostrou que, no futebol moderno, além de organização e disciplina, é preciso ter equilíbrio entre qualidade técnica e preparo físico

Uma competição de atletismo reúne os melhores nomes de cada atividade. Na prova de 100 metros, homens correm tão rapidamente quanto felinos que perseguem suas caças nas savanas africanas. No salto em altura, os esportistas parecem possuir uma mola sob cada pé, tamanha a impulsão que conseguem atingir. Na maratona, a resistência dos corredores é colocada à prova. Por último, a competição de arremesso de peso demonstra a técnica aliada à força que um atleta deve possuir para conseguir um resultado positivo. Nela, por causa da naturalidade do esportista, o público pode achar que a tarefa foi realizada da forma mais simples. Por trás dela, entretanto, houve uma série de dificuldades a ser superada.
O mais curioso é que essas habilidades podem, sim, ser observadas no futebol. No gramado, os jogadores desempenham funções parecidas com as dos atletas das pistas. Os corredores dos 100 metros podem ser comparados aos atacantes, que, de maneira veloz, avançam para o gol em busca de seu objetivo. É a linha de chegada deles. Os maratonistas lembram os laterais e os volantes, que percorrem o campo inteiro numa exibição de pura resistência. Os saltadores se assemelham aos zagueiros, que, altos, fortes e atentos a qualquer perigo, sobem o máximo que podem para afastar a bola de sua área. Muitos deles cabeceiam tão bem que, nos escanteios, vão tentar a sorte. Os arremessadores, por último, remetem aos meias. Apesar de usarem membros diferentes – já que os primeiros usam as mãos e os segundos, os pés –, ambos têm a obrigação de caprichar nos lançamentos.