Quanto vale, emocionalmente, vestir o manto tricolor? E se um sonho de infância fosse realizado aos 28 anos de idade? Pois é. As respostas para estas perguntas marcaram a apresentação de Aderllan como novo reforço do clube durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (20). No CT da Barra Funda, o zagueiro recebeu as boas-vindas do diretor executivo de futebol Vinícius Pinotti e pela primeira vez vestiu a camisa tricolor.
“Estou aqui, em nome do São Paulo, para apresentar mais um reforço: o zagueiro Aderllan. Baita jogador, excelente pessoa, experiente. Já vínhamos analisando seu desempenho e com muito orgulho que conseguimos trazer um jogador desse nível. Tenho certeza de que trará muitas alegrias para a nossa torcida e se encaixa bem dentro do projeto de reforçar a equipe”, afirmou o dirigente.
Aderllan recebeu a camisa 32 e não escondeu a emoção. Com os olhos marejados e a voz embargada, o jogador falou sobre a sua relação com o São Paulo. “Obrigado, queria agradecer a equipe pelo esforço feito. Faço questão de agradecer. No início das conversas, já tinham outros pretendentes, como Olympiakos-GRE. Estava bem encaminhado com o Valencia, mas quando veio o São Paulo não pensei duas vezes”, disse o atleta, que completou.
“É minha grande chance. É algo que sempre sonhei e vou honrar essa camisa. Nunca pude comprar uma camisa do São Paulo quando criança. Meu pai e minha mãe não tinham dinheiro. Hoje estou realizando um grande sonho. Vou poder honrar essa camisa. É uma alegria muito grande. Quando o São Paulo chegou, pensei: eles estão precisando de mim e eu estou precisando do São Paulo” acrescentou.
Aos 28 anos de idade, o atleta que estava no Valencia-ESP chega por empréstimo até dezembro de 2018 – com opção de compra ao término deste período. “Essa camisa vou guardar. Todos meus amigos têm a camisa. O que me influenciou foi que em 1993 tinha cinco anos e o São Paulo vivia aquele momento bom de títulos. Pensei que era bom torcer pelo São Paulo, porque ganhava sempre. Então virei são-paulino”, revelou Aderllan, que recordou alguns momentos da infância tricolor.
“Lembro que chorei uma vez na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1998 contra o Corinthians. Sou são-paulino mesmo. Mas acredito que o São Paulo me deu mais alegrias do que tristezas. E felizmente agora estou aqui. Graças a Deus deu tudo certo e agora só quero tirar o São Paulo dessa situação. Só nós podemos tirar o São Paulo dessa situação”, finalizou.