Em duelo dramático e cheio de reviravoltas, Tricolor avança

Em duelo dramático e cheio de reviravoltas, Tricolor avança

Calendário 6/11/2014 - 00:05
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Rubens Chiri/saopaulofc.net
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Foi dramático, com muita emoção, mas o Tricolor conseguiu avançar para as semifinais da Copa Sul-Americana de 2014. Na noite desta quarta-feira (5), na base da superação, o São Paulo eliminou o Emelec-EQU pelas quartas de final e manteve vivo o sonho de conquistar o bicampeonato do torneio. A derrota dos visitantes por 3 a 2, no George Capwell, não foi suficiente para garantir os equatorianos no torneio, que foram goleados na ida por 4 a 2.

Com gols de Alan Kardec e Paulo Henrique Ganso – este após linda trama do sistema ofensivo, que contou com grande participação de Michel Bastos, Souza e Kaká -, defesas importantes de Rogério Ceni, entrega de todos no sistema defensivo e, principalmente, pela vontade de permanecer em busca do troféu, o Tricolor superou os donos da casa, que balançaram as redes com Bolaños.

A classificação dos brasileiros também foi uma verdadeira resposta ao problema em Guayaquil e a tensão criada na véspera da partida. O time tricolor foi impedido pelos equatorianos de treinar com bola no campo do jogo. A atitude irritou Muricy Ramalho, que não escondeu a sua indignação com a postura dos anfitriões.

Agora, na próxima fase, a equipe são-paulina enfrentará Atlético Nacional, da Colômbia, ou Cesar Vallejo, do Peru, que farão o jogo decisivo na quinta (6). No primeiro duelo, os colombianos venceram por 1 a 0.

Sem Rafael Toloi e Alexandre Pato (lesões na coxa esquerda), Rodrigo Caio (lesão no joelho esquerdo), Maicon (lesão no joelho direito) e Luis Fabiano (suspenso), o treinador são-paulino montou o time com Rogério Ceni; Hudson, Paulo Miranda, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson, Souza, Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso e Kaká; Alan Kardec.

E quando a partida começou, os anfitriões logo balançaram as redes e deram um verdadeiro banho de água fria nos atletas tricolores. Aos 18 segundos, Angel Mena se antecipou e colocou Bolaños na cara do gol. Ele bateu no canto esquerdo de Rogério e abriu o placar: 1 a 0 e susto nos brasileiros.

Após ter tirado o zero do placar, o Emelec continuou pressionando o São Paulo e não deixava a equipe são-paulina deixar o campo de defesa com a bola dominada. Dessa forma, com muita dificuldade, os paulistas ficavam presos atrás e lutavam para não deixar espaços. Empurrados pela torcida, os anfitriões não deixavam os visitantes respirarem e ditavam o ritmo da partida.

No entanto, aos poucos e com paciência, os comandados de Muricy foram crescendo no jogo e conseguiram equilibrar as ações do duelo. Encurralando os equatorianos, principalmente após a inversão de Kaká com Michel Bastos – o camisa 8 passou a atuar na esquerda, enquanto o 7 foi para a direita -, o Tricolor tratou de se impor e valorizar a posse de bola, ainda que sem pressa para finalizar.

E foi justamente quando já era superior, que os brasileiros empataram o embate. Aos 28 minutos, Michel Bastos levantou a bola na área, Paulo Miranda desviou para Kardec. O camisa 14 bateu de primeira, cruzado, e colocou no fundo das redes do Emelec: 1 a 1 e euforia dos atletas são-paulinos.

Mesmo com boa vantagem, os visitantes não tiraram o pé e trataram de diminuir ainda mais o ímpeto do time do Equador, que acusou o golpe e não rondou mais a área do goleiro Rogério Ceni antes do intervalo. Dessa forma, mais confiante e envolvente, o São Paulo virou o marcador! Aos 39 minutos, Michel Bastos abriu a bola para Souza, na ponta direita. O volante cruzou rasteiro para Kaká, que dominou dentro da área e, com muita calma, rolou para Ganso apenas empurrar para as redes. Bela troca de passes. Golaço e 2 a 1!

Dono do jogo e demonstrando muita tranquilidade após o início assustador do rival, o time são-paulino adiantou ainda mais a sua marcação, dificultou as ações do Emelec e tratou de tocar a bola e cadenciar a partida até o fim do primeiro tempo.

Na volta para a segunda etapa, no entanto, o panorama do confronto mudou novamente. Assim como no início da partida, os equatorianos retomaram o controle do embate e adotaram a tática de acuar os brasileiros. Aos 3, em cobrança de pênalti, Bolaños deixou tudo igual.

O gol animou os anfitriões, que partiram para cima e contagiaram os torcedores nas arquibancadas. Assim, pressionando, os donos da casa viraram. De novo Bolaños, em mais uma penalidade máxima, balançou as redes e decretou a nova reviravolta no placar: 3 a 2.

Foi aí, então, na base da superação, que o São Paulo conseguiu arrancar a classificação para a semifinal. Por conta da intensa pressão, o Tricolor não conseguia manter a posse de bola e sair para o jogo, como no primeiro tempo, e dava campo para o rival.

A torcida equatoriana fazia muito barulho e empurrava o Emelec, que precisava de mais um gol para levar a decisão para os pênaltis. Trave e travessão ajudaram os brasileiros, além das defesas de Rogério e a determinação do sistema defensivo, que tentava por todos os lados afastar o perigo. Recuado e sentindo o desgaste da maratona de jogos, o time são-paulino se fechou na defesa e conseguiu, com muita luta e raça, avançar no torneio continental!

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