Oito anos após o tricampeonato – 1993, 2000 e 2010 -, o Tricolor figurou novamente na final da Copa São Paulo de Futebol Júnior e encarou o Flamengo na manhã desta quinta-feira (25) com grande público no Pacaembu. Os cariocas venceram por 1 a 0, mas a postura aguerrida do time são-paulino ganhou o reconhecimento das arquibancadas: os aplausos dos torcedores após muita entrega durante os 90 minutos.
Apesar do resultado, os meninos honraram a camisa e fizeram um grande jogo. A garotada pressionou durante todo o duelo, criou inúmeras oportunidades e atuou com o coração em busca do tetracampeonato. Foi emocionante e mostrou o valor do trabalho desenvolvido pelos profissionais do CFA Laudo Natel, em Cotia.
Na primeira fase do torneio, o São Paulo venceu as três partidas do grupo: diante de Cruzeiro-DF, Sergipe e Botafogo-SP, com 13 gols marcados e apenas três sofridos. Na segunda fase, o Tricolor venceu a Chapecoense por 2 a 0. Depois, bateu novamente o Botafogo-SP (1 x 0). Já nas oitavas de final, a equipe são-paulina eliminou o Cruzeiro (1 x 0). Nas quartas de final, contra o Vitória, e na semifinal, diante do Internacional, os garotos do CFA avançaram nas cobranças de pênaltis.
Para encarar os cariocas, o técnico André Jardine escalou o time com Júnior; Tuta, Walce, Rodrigo e Bruno Dip; Luan, Liziero e Gabriel Sara; Igor Gomes, Toró e Helinho. Já o adversário atuou com Yago; Bernardo, Dantas, Patrick e Pablo; Hugo Moura, Theo e João Pedro; Lucas Silva, Wendel e Bill.
Quando a bola rolou, o Tricolor não teve tempo de aproveitar a força dos torcedores nas arquibancadas para tentar largar na frente. Logo aos dois minutos, após cobrança de escanteio, Wendel testou e abriu o placar para os flamenguistas no Estádio Paulo Machado de Carvalho: 1 a 0.
Apesar do susto nos instantes iniciais da partida, o São Paulo não acusou o golpe e tratou de pressionar o rival. Aos oito minutos, a garotada do CFA não balançou as redes por pouco: Toró aproveitou a sobra dentro da área e bateu colocado, mas a bola bateu na trave antes de sair!
Diante de um time são-paulino bem ofensivo em busca do empate, o Flamengo ficou mais na defesa e se fechou atrás. O Tricolor pressionava e ditava o ritmo do jogo, que foi corrido e contou com boa participação das duas equipes. Os torcedores, contagiados pelos jovens atletas, cantavam alto para incentivar o São Paulo.
Ainda antes do intervalo, a molecada de Cotia quase deixou tudo igual aos 27 minutos com Helinho, que aproveitou ótima jogada de Gabriel Sara e finalizou com perigo: a bola foi desviada, passou muito perto e saiu para escanteio.
Na volta para a segunda etapa, Jardine promoveu a entrada de Gabriel Novaes, que entrou no lugar de Bruno Dip. Ao ataque, o Tricolor dominou o Flamengo a maior parte do tempo e criou boas chances para empatar. Os cariocas se defendiam como podiam para conter as investidas dos paulistas, que armaram uma verdadeira blitz na frente.
A decisão ficou emocionante e contou com uma enorme pressão do São Paulo, que exigiu muito do sistema defensivo adversário. Pelo alto, em jogadas trabalhadas e com muito empenho, o time são-paulino batalhou até o apito final pelo gol, mas não conseguiu deixar tudo igual para levar a decisão para as penalidades máximas.
A postura aguerrira dos garotos, que não mediram esforços em busca do título, recebeu o reconhecimento dos torcedores. Assim que a bola parou de rolar, os tricolores aplaudiram os garotos, que fizeram uma grande competição e honraram as cores do clube.