Campeão Sul-Americana. Tricampeã Pan-Americana. Bicampeã olímpica? É isso que espera a são-paulina Maurren Maggi para 2012, ano no qual a saltadora terá a chance de tentar conquistar a segunda medalha de ouro nas Olimpíadas, dessa vez em Londres.
Maurren falou ao site oficial sobre o ótimo ano que teve, que não foi perfeito apenas pelo tropeço no Mundial de Atletismo, na Coreia, no qual ela não consegui passar para a final da disputa mesmo com o melhor salto na qualificatória. Também falou sobre o que espera para 2012, e mostrou confiança no futebol do São Paulo. Confira!
Você acredita que atingiu tudo o que queria neste
ano?
Fiquei muito satisfeita com meu ano. Foi minha primeira temporada
completa após a cirurgia no joelho, e consegui voltar a figurar
entre as dez melhores saltadoras do mundo. A primeira vez que
consegui isso foi em 99, e na lista desse ano não há mais nenhuma
remanescente daquela época. O mais legal é que consegui minha
melhor marca do ano no final da temporada, o que me motiva a
continuar treinando por mais alguns anos, com a expectativa de
continuar obtendo resultados desse nível.
Não há como não falar do que aconteceu no Mundial. Você
conseguiu ficar ainda mais forte após o desempenho na Coreia, ou
seja, tirou alguma lição de lá mesmo tão experiente?
Sempre tiro lições de todas minhas experiências, principalmente
quando elas não são agradáveis. Não fico me lamentando, apenas uso
o infortúnio como mais uma motivação para voltar melhor. Já dei
algumas voltas por cima, na minha carreira e na minha vida, e acho
que esse ano não foi diferente.
Depois veio o Pan-Americano, que era o seu maior objetivo.
Qual foi a emoção de conquistar o tricampeonato no
México?
O Pan era mesmo minha principal meta da temporada. É uma
competição especial para mim, e o desafio de me tornar a primeira
brasileira do atletismo a conquistar o tricampeonato me fez focar
mesmo em Guadalajara. Foi ótimo conseguir realizar o resultado no
momento que eu mais queria!
E em relação à sua marca, você mesma fala que foi ótimo
alcançar 6m94 mais para o fim da temporada. A que se deve esse
excelente desempenho?
Acho que foi mesmo ao planejamento. Treinei muito bem, realmente
cheguei em Guadalajara na minha melhor forma.
Jogos Olímpicos são uma competição especial pra você. O
que você lembra da preparação para os Jogos de Pequim? O que
pretende repetir?
Tive a melhor temporada de minha vida em 2008. Fui muito
consistente, saltava acima de 6m90 toda hora! Como fiz naquele ano,
vou ser bem seletiva quanto às competições: vou escolher algumas e
tentar competir com qualidade, para chegar a Londres e fazer como
fiz em Pequim e Guadalajara, fazer meu melhor salto do ano, no
momento que mais interessa.
Tem alguma expectativa para marca?
É difícil falar em números. Mas o “7” me dá sorte…
Como é terminar um ano sem lesões, após ter problemas no
ano passado? Acredita que isso será um ponto a mais na sua
preparação para as Olimpíadas?
Lesão é sempre uma tristeza para qualquer atleta. Estar com saúde
nesse momento é fundamental, já me permite começar a treinar sem
restrições.
Analisando o desempenho deste ano, quais são suas maiores
rivais nos Jogos Olímpicos?
Há várias, o nível da prova está bastante competitivo. Respeito
todas, mas prefiro pensar no que eu mesma tenho que fazer.
Como você viu o carinho do público brasileiro e,
principalmente, são-paulino após o título do Pan?
Foi espetacular, muito parecido com o que ocorreu depois da
medalha olímpica. E os são-paulinos me apoiaram muito ao longo do
ano, e compartilharam comigo as comemorações pelo tri!
E o quanto ao time, o que espera pra 2012?
Nós estamos acostumados com grandes resultados do futebol. É o
clube que oferece uma das melhores estruturas no Brasil, e o
trabalho já começou para que tenhamos ainda mais conquistas. Tenho
certeza que teremos um ótimo ano em 2012.