A manhã desta quarta-feira (23), no Centro de Treinamento da Barra Funda, marcou a apresentação do técnico Edgardo Bauza. O argentino, que chegou ao Brasil nesta manhã, conheceu a estrutura da casa de treinamentos do Tricolor, foi recepcionado pelo Presidente Carlos Augusto Barros e Silva e pelo Diretor Executivo de Futebol do clube, Gustavo Vieira de Oliveira, e falou pela primeira vez com a imprensa brasileira como novo comandante do São Paulo.
Antes de atender os jornalistas, Patón – como gosta de ser chamado – recebeu as boas-vindas dos dirigentes são-paulinos. “É um momento especial que tem a complexidade pelo fato de estarmos trazendo uma grande figura do cenário internacional. Vindo para o São Paulo ele nos transmite uma sensação de poder enfrentar todos os embates que nos esperam com uma maior qualificação”, afirmou o Presidente do Tricolor, que teve a opinião compartilhada por Gustavo Vieira de Oliveira.
“Por onde passou, o Bauza montou times com muita intensidade, organizados e equilibrados no campo, tanto no sistema ofensivo quanto defensivo. Nossa escolha partiu de uma análise prévia, e com as características que temos aqui. Encontramos nele o perfil ideal para comandar a equipe”, avaliou o Diretor Executivo de Futebol do clube. Após ouvir as palavras dos dirigentes, o técnico reiterou o seu orgulho pela oportunidade de dirigir o São Paulo.
“É muito fascinante esse desafio, e essa rivalidade de Brasil e Argentina, essa paixão, faz com que nós tenhamos muitas coisas em comum. Estou orgulhoso com esta oportunidade. Todos os desafios da vida são grandes, mas este é o maior desafio da minha carreira, e é muito lindo trabalhar com tanta responsabilidade como no São Paulo. Assumo com a mesma responsabilidade, como em outros lugares, porém estou convencido de que será muito bom”, disse o argentino, que completou.
“É um orgulho poder estar em um clube como o São Paulo e ter a responsabilidade de dirigi-lo. Vamos fazer com muita vontade e dedicação, como fazemos sempre. Esperando um final muito feliz, como o esperado. Prometo que no dia a dia vou melhorar o português para nos comunicarmos melhor, e vou fazer esforço para isso ser breve”, acrescentou o comandante, que revelou uma conversa com Juan Carlos Osorio – atualmente na Seleção Mexicana.
“Vou falar mais vezes com o Osorio, para entender sua opinião a respeito. O que estamos falando com os diretores é das possibilidades para contratar. Não temos falado em nomes, todavia, por aí apareceu alguns nomes, mas estamos vendo as áreas que a equipe precisa fortalecer. Vou continuar falando com ele. Vai me servir para ter uma análise muito melhor. Temos uma boa relação. Vai ser de muita ajuda a opinião que ele tem. Já falamos da equipe, dos jogadores. A metodologia de trabalho é diferente, porque as equipes de Osorio são mais verticais, e eu gosto mais de trabalhar as jogadas. Mas a metodologia de trabalho, no geral, é muito parecida. Sentamos para tomar café e falamos muito de futebol. Ele tem a verticalidade grande, mas o bom desse esporte é que ninguém tem a verdade”, opinou.
Durante o bate-papo com os jornalistas que cobrem o dia a dia do Tricolor, Bauza também projetou o trabalho na equipe são-paulina. “O tempo que temos para trabalhar é muito pouco. O que estamos planejando é uma pré-temporada muito específica para que o time possa chegar ao primeiro jogo do Campeonato Paulista e da Libertadores da melhor forma. Sou partidário do equilíbrio e para ter equilíbrio tem de ter uma equipe com obrigações. E obviamente que o São Paulo, por sua história, tem de tentar ganhar todas as partidas e não pode ser diferente. Vamos tentar, mas isso não quer dizer que vamos jogar todos na frente ou todos atrás. No futebol de hoje, tem de defender e atacar com os 11 jogadores”, ponderou Patón, que emendou.
“Estou vivendo várias ideias de equipe. Acredito ter um diagnóstico primário do que a equipe fez nesse último campeonato, mas sigo vendo ideias. Falei com Osorio para tratar de entender a opinião dele a respeito do time. Estamos falando com a diretoria das possibilidades para tratar de incorporar coisas novas. Vamos tentar fazer com que os jogadores estejam rápidos, fisicamente bem e, depois do tático, de passar minha ideia, e as possibilidades de encontrar o melhor. Não sou um técnico esquematizado. Todos os desafios da vida são grandes”, finalizou.